O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse nesta quarta-feira, 23, que o governo do presidente Donald Trump não tolerará a interferência russa na eleição de meio de mandato, em novembro, quando serão renovadas as 435 cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço do Senado.
Durante discurso na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Pompeo disse que a administração vai tomar "contra-medidas apropriadas" para combater o que ele chamou de "esforços continuados" da Rússia para interferir na votação.
O secretário de Estado não detalhou quais são as tentativas de interferência ou quais serão as medidas tomadas para seu combate, mas ressaltou que muito trabalho ainda tem que ser feito para deter os esforços russos. Ele acrescentou que os EUA ainda não conseguiram estabelecer uma "dissuasão efetiva" para deter a Rússia.
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O deputado democrata do alto escalão da comissão, Eliot Engel, afirmou que o governo Trump está "dando passagem à Rússia" porque o presidente Vladimir Putin "apoiou o presidente Trump em vez de Hillary Clinton" na eleição presidencial de 2016.
"Se permitirmos a interferência estrangeira em nossas eleições, desde que ela apoie nossos objetivos políticos, então colocamos o partido antes do país e colocamos nossa democracia em crise", afirmou o deputado.
A intervenção russa nas eleições presidenciais ainda é um assunto delicado para Trump que, paralelamente, tenta combater a ameaça representada pela investigação do procurador especial Robert Mueller sobre o suposto conluio entre sua campanha e o governo de Putin.
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