O Comando Central dos EUA divulgou um vídeo e fotografias que, segundo oficiais americanos, comprova que a marinha do Irã atacou os dois navios petroleiros nesta quinta-feira (13) no Golfo de Omã.
Quatro oficiais americanos disseram ao canal de televisão CNN que o vídeo e as fotos registrados pelos Estados Unidos mostram marinheiros em um barco da marinha iraniana removendo um explosivo que não foi detonado do casco do petroleiro Kokura Corageous, um dos dois navios que foram alvos de um suposto ataque no Golfo de Omã nesta quinta-feira.
Um dos oficiais disse que um avião militar americano gravou em vídeo o barco iraniano se movendo ao lado de um dos petroleiros danificados e os seus ocupantes removendo uma mina de limpet, um tipo de mina naval que se liga a um alvo por ímãs.
O caso teria acontecido mesmo depois que o navio USS Bainbridge e aviões americanos estavam na cena havia quatro horas. Para os oficiais, os iranianos estavam removendo evidências do seu envolvimento no ataque.
Outro oficial disse que várias embarcações pequenas iranianas entraram na área onde está o navio USS Bainbridge. O Comando Central dos EUA emitiu um comunicado dizendo que "nenhuma interferência com o USS Bainbridge, ou com sua missão, será tolerada".
Os Estados Unidos estão enviando um segundo navio de guerra para o local onde os dois navios comerciais foram atacados, informou o Comando Central dos EUA.
Irã "rejeita categoricamente" envolvimento em ataque a petroleiros
A missão do Irã na Organização das Nações Unidas afirmou que seu governo "rejeita categoricamente" a alegação dos Estados Unidos de que o país persa seria responsável pelo ataque contra dois petroleiros. Além disso, Teerã condenou o episódio "nos termos mais fortes possíveis".
O comunicado divulgado na noite de quinta-feira pela missão afirma que o Irã "continua a estar preparado para ter um papel ativo e construtivo na garantia da segurança das passagens marítimas estratégicas, bem como para a promoção da paz, da estabilidade e da segurança na região".
O Irã advertiu contra a "coerção, intimidação e o comportamento maligno dos EUA" e expressou preocupação "com incidentes suspeitos" com os dois petroleiros nesta quinta-feira.