Forças comandadas pelos Estados Unidos disseram ter matado a tiros nesta sexta-feira (3) um dirigente da Al Qaeda no Iraque acusado de tramar uma série de atentados em Bagdá.
O porta-voz militar Patrick Driscoll disse em nota que Mahir Ahmad Mahmud Judu´Al Zubaydi, conhecido como Abu Assad ou Abu Rami, era o "emir" da Al Qaeda iraquiana no bairro de Rusafa. Ele foi cercado num edifício no bairro de Adhamiya e, segundo relato de militares, rejeitou a rendição e abriu fogo. Uma mulher morreu junto com ele.
Acredita-se que a rede de Abu Rami tenha sido responsável por um atentado que matou oito pessoas e feriu mais de 30 na quinta-feira, segundo a nota dos militares.
Homens-bomba atacaram muçulmanos xiitas que se reuniam na quinta-feira em duas mesquitas de Bagdá para celebrar o Eid Al Fitr (festa que marca o fim do mês de jejum). Ao todo, 16 pessoas morreram e quase 60 ficaram feridas, segundo as autoridades.
Abu Rami também era suspeito por carros-bomba e disparos de morteiros em 2006 e 2007, sendo que um dos ataques matou mais de 200 pessoas, segundo forças de coalizão.
Ele também seria mentor de sequestros e execuções, e apareceria num vídeo de 2006 disparando contra um diplomata russo, sempre segundo o relato dos EUA.
O militante teria entrado na Al Qaeda em 2004, oriundo do grupo Ansar Al Islam. Driscoll disse que sua morte "transmitirá ondas de choque por todas as redes de homens-bomba terroristas de Bagdá".
"Sua capacidade de realizar medonhos ataques contra civis iraquianos e contra forças da coalizão e iraquianas foi severamente afetada por esta operação de precisão."
A violência no Iraque está em seu menor nível dos últimos quatro anos, e a Al Qaeda já não controla tantas aldeias e bairros como em 2007.