Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta quarta-feira (10) um acordo de cooperação entre os dois países para mitigar mudanças climáticas, mas sem apresentar metas para esses esforços. O pacto foi confirmado por representantes dos dois governos em entrevistas coletivas separadas, durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), que vai até sexta-feira (12) em Glasgow, no Reino Unido.
“Há mais entendimento entre os EUA e a China do que divergência, o que representa uma área de enorme potencial para cooperação”, afirmou um enviado da ditadura chinesa, Xie Zhenhua, segundo a CNN. “A cooperação é a única escolha para a China e os Estados Unidos. Trabalhando juntos, nossos dois países podem alcançar muitas coisas importantes que serão benéficas não apenas para nossos países, mas para o mundo como um todo.”
Entretanto, Xie não se comprometeu com um acordo liderado pelos Estados Unidos e pela União Europeia para reduzir emissões de metano, nem com nenhum outro grande acordo internacional, alegando que o país planeja responsabilidades “diferenciadas” e que criará um plano nacional para o metano.
Em uma entrevista coletiva logo depois, o enviado especial dos Estados Unidos à COP26, John Kerry, se disse “satisfeito” com o acordo com os chineses. “Acreditamos que as medidas que estamos tomando podem responder a perguntas sobre o ritmo em que a China está caminhando e ajudar a China, os EUA e outros a acelerarem seus esforços”, declarou Kerry, que acrescentou que o presidente Joe Biden e o ditador chinês Xi Jinping farão em breve uma cúpula virtual sobre o assunto.
Na sua entrevista, Xie havia informado que as duas maiores economias do mundo pretendem criar um grupo de trabalho sobre ação climática nesta década.
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