O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o vice-presidente da China, Han Zheng, realizaram uma reunião nesta segunda-feira (18), à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ocasião na qual concordaram que os dois países devem cooperar para "o benefício do mundo".
A reunião aconteceu na sede da missão chinesa nas Nações Unidas, antes da Semana de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU, ter início, nesta terça-feira (19).
No encontro, Han disse que a relação entre os dois países é "a mais importante" do planeta e firmou o "compromisso" da China em estabilizar os laços entre as duas potências.
O representante do governo chinês disse que os dois países enfrentam "muitos desafios e dificuldades" no relacionamento bilateral e precisam "ser mais sinceros e fazer mais esforço" para estabilizarem a situação.
"O mundo precisa que a relação EUA-China seja saudável e estável, o que é benéfico não apenas para a China e os Estados Unidos, mas para o mundo inteiro", afirmou.
Nesse contexto, Blinken lembrou os últimos "contatos de alto nível" que ocorreram nas últimas semanas entre os dois governos com o objetivo de "manter as linhas de comunicação abertas".
"Para os Estados Unidos, a diplomacia face a face é a melhor maneira de lidar com questões sobre as quais discordamos e de explorar áreas de cooperação. O mundo está esperando que administremos esse relacionamento de forma responsável", afirmou.
O chefe da diplomacia dos EUA e o vice-presidente chinês se reuniram apenas um dia depois que o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o assessor de segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, se encontraram em Malta para discutir a situação em Taiwan e a guerra na Ucrânia.
Blinken também visitou Pequim em junho, uma viagem que, desde então, foi repetida pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, pelo enviado especial para o Clima, John Kerry, e pela secretária de Comércio, Gina Raimondo.
Esses contatos fazem parte de uma tentativa de aproximação entre os dois lados após meses em que o relacionamento esteve em baixa devido a rivalidades comerciais, tensão sobre Taiwan, invasão da Ucrânia pela Rússia e a descoberta de um suposto balão espião chinês nos Estados Unidos.
No pano de fundo dessas reuniões está um possível futuro encontro entre o presidente americano, Joe Biden, e o ditador chinês, Xi Jinping, que poderá ocorrer durante o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), em novembro, em San Francisco (EUA).
Biden e Xi se encontraram pela última vez em 2022, durante a cúpula do G20 em Bali (Indonésia). O ditador da China não participou da última reunião desse grupo, na semana passada, na Índia, nem estará na Assembleia Geral da ONU. (Com informações da Agência EFE)