China e Estados Unidos se comprometeram a cumprir a Fase Um do acordo comercial entre os países, assinada em janeiro deste ano. Em uma videoconferência realizada nesta sexta-feira (8), o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e o vice-premiê chinês Liu He, discutiram questões relacionadas ao comércio e os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre as economias. O anúncio vem em meio a uma troca de acusações entre os dois governos sobre a origem do coronavírus.
De acordo com comunicado do Escritório do Representante de Comércio dos EUA, as partes concordaram que um bom avanço está sendo feito para criar a infraestrutura governamental necessária para implementar a Fase Um do acordo bilateral. "Apesar da atual emergência mundial da saúde, ambos os países esperam cumprir suas obrigações nos termos do contrato em tempo hábil", diz a nota.
O governo chinês também relatou o contato. De acordo com a agência estatal de notícias Xinhua, EUA e China concordaram que "devem aprimorar a cooperação macroeconômica e de saúde pública, criar uma atmosfera e condições favoráveis para a implementação da primeira fase do acordo comercial EUA-China e se esforçar para obter resultados positivos".
O anúncio ocorre dias depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou romper a primeira fase do acordo, caso a China não cumprisse os termos, incluindo a compra de US$ 200 bilhões em mercadorias dos EUA. Um consultor do governo chinês disse ao jornal South China Morning Post que o fato de as conversas terem migrado para o nível ministerial pode indicar problemas na relação entre os países.
"Esperamos que as negociações possam resolver alguns problemas, ou pelo menos ambos os lados possam esclarecer seus problemas e mostrar mais compreensão um do outro. Mas se os EUA apenas quiserem enfrentar a China, será difícil resolvê-los", disse a fonte, que não quis se identificar por tratar de assunto sensível.
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