Estados Unidos e Coreia do Norte concordaram em retomar as discussões para um tratado de paz na península coreana em negociações envolvendo China e Coreia do Sul, informou a agência de notícias Yonhap, que cita fontes de Seul. O entendimento teria sido alcançado durante a viagem do enviado norte-americano Stephen Bosworth à capital norte-coreana, Pyongyang, entre 8 e 10 de dezembro.

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O tratado de paz substituiria o armistício dos anos 1950 e terminaria formalmente com a Guerra da Coreia (1950-1953), durante a qual o lado norte, comunista, apoiado por forças chinesas, combateu contra o sul, sustentado pelas Nações Unidas, leia-se Estados Unidos.

A meta da viagem de Bosworth a Pyongyang foi persuadir o norte a retomar outras negociações, a de desarmamento nuclear, que também envolvem além de EUA e das duas Coreias, China, Japão e Rússia, e foram interrompidas em abril. Embora não tenha conseguido uma data para a retomada dessa discussão, o enviado norte-americano disse que ambos os lados concordaram com a necessidade de voltar a negociar.

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"Eu sei que há um entendimento comum de que as negociações quadripartite devem ser reativadas, se as conversas a respeito do desarmamento nuclear prosseguirem", afirmou a fonte de Seul à Yonhap. "Foi a Coreia do Norte quem primeiro propôs a discussão de um tratado de paz entre as quatro nações e não apenas um diálogo entre EUA e o norte. Os EUA concordaram com isso", disse. Anteriormente, a Coreia do Norte insistia em um acordo bilateral apenas, o que foi rejeitado pelo sul

Em abril, após ser fortemente criticada pelos testes de lançamento de foguetes de longo alcance, a Coreia do Norte se retirou das negociações para desarmamento nuclear. Logo depois, o país retornou a fabricação de armas à base de plutônio. Em maio, um teste nuclear foi realizado e, depois, em julho, outros mísseis foram lançados, o que fez com que as Nações Unidas aumentasse as sanções contra o país.