As forças curdas, apoiadas pela aviação americana, retomaram ontem a represa de Mossul e mais dois vilarejos cristãos Batnaya e Telesqo das mãos de jihadistas do Estado Islâmico no norte do Iraque. Construída em 1980, a barragem represa as águas do rio Tigre e é uma das principais fontes de água no Iraque. A construção precisa de reparos, e sua destruição poderia inundar áreas importantes do país.
Além de água, a barragem fornece eletricidade para a região do Curdistão, no norte do país. Os curdos também recuperaram o controle de parte da região de Telquif, 15 km ao norte de Mossul, capital da província de Nínive, após um bombardeio aéreo.
O presidente da Comissão de Segurança de Nínive, Mohammed Ibrahim al Bayati, disse que as forças americanas bombardearam outras áreas na região em ataques contra diferentes grupos, sedes e posições do Estado Islâmico.
Uma fonte do Depar-tamento Médico Legista disse que recebeu 26 corpos de membros do Estado Islâmico, alguns deles carbonizados em consequência dos bombardeios.
A aviação americana e as tropas curdas lançaram no último sábado uma das maiores ofensivas contra o Estado Islâmico para recuperar dos jihadistas a represa de Mossul e áreas nos arredores. Há dez dias os EUA bombardeiam a região. São os primeiros ataques aéreos americanos desde a saída das tropas do país, em 2011. Os bombardeios foram autorizados pela Casa Branca no dia 7, mas só ontem o presidente Barack Obama comunicou oficialmente o Congresso dos EUA.
Israel
Reconstrução em Gaza levará "meses", afirma coordenadora da ONU
Serão necessários "meses" até que a ONU consiga reparar os danos causados em sua infraestrutura na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelense. A avaliação é da coordenadora das Nações Unidas para Asssuntos Humanitários, Valerie Amos. "O conserto dos estragos nos hospitais, escolas e postos da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos [UNRWA, na sigla em inglês], onde os deslocados encontraram abrigo, levará meses", declarou Valerie, em Teerã, onde se reúne com as autoridades iranianas para tratar das crises humanitárias em Gaza, Síria e Iraque. Ao todo, 97 instalações da UNRWA foram danificadas em Gaza, em especial, centros de saúde, de distribuição de alimentos e escolas. Muitos desses colégios serviam de abrigo para os 250 mil palestinos deslocados.