Desabrigados da minoria yazidi que fugiram da violência em Sinjar caminham perto da fronteira com a Turquia, em Dohuk, no Curdistão iraquiano| Foto: Youssef Boudlal/Reuters

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Os aviões americanos fazem bombardeios seletivos na região para conter o avanço do Estado Islâmico e a tomada de cidades por parte dos jihadistas. Ao todo, foram 14 ataques com aviões pilotados por controle remoto.

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Ordem

Obama informou ao Congresso americano que autorizou ataques aéreos para ajudar a retomar o controle da represa de Mossul — medida consistente com o objetivo de proteger cidadãos norte-americanos no país, segundo o presidente.

As forças curdas, apoiadas pela aviação americana, retomaram ontem a represa de Mossul e mais dois vilarejos cristãos — Batnaya e Telesqo — das mãos de jihadistas do Estado Islâmico no norte do Iraque. Construída em 1980, a barragem represa as águas do rio Tigre e é uma das principais fontes de água no Iraque. A construção precisa de reparos, e sua destruição poderia inundar áreas importantes do país.

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INFOGRÁFICO: Veja o mapa dos bombardeios no Estado Islâmico

Além de água, a barragem fornece eletricidade para a região do Curdistão, no norte do país. Os curdos também recuperaram o controle de parte da região de Telquif, 15 km ao norte de Mossul, capital da província de Nínive, após um bombardeio aéreo.

O presidente da Comissão de Segurança de Nínive, Mohammed Ibrahim al Bayati, disse que as forças americanas bombardearam outras áreas na região em ataques contra diferentes grupos, sedes e posições do Estado Islâmico.

Uma fonte do Depar-tamento Médico Legista disse que recebeu 26 corpos de membros do Estado Islâmico, alguns deles carbonizados em consequência dos bombardeios.

A aviação americana e as tropas curdas lançaram no último sábado uma das maiores ofensivas contra o Estado Islâmico para recuperar dos jihadistas a represa de Mossul e áreas nos arredores. Há dez dias os EUA bombardeiam a região. São os primeiros ataques aéreos americanos desde a saída das tropas do país, em 2011. Os bombardeios foram autorizados pela Casa Branca no dia 7, mas só ontem o presidente Barack Obama comunicou oficialmente o Congresso dos EUA.

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Israel

Reconstrução em Gaza levará "meses", afirma coordenadora da ONU

Serão necessários "meses" até que a ONU consiga reparar os danos causados em sua infraestrutura na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelense. A avaliação é da coordenadora das Nações Unidas para Asssuntos Humanitários, Valerie Amos. "O conserto dos estragos nos hospitais, escolas e postos da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos [UNRWA, na sigla em inglês], onde os deslocados encontraram abrigo, levará meses", declarou Valerie, em Teerã, onde se reúne com as autoridades iranianas para tratar das crises humanitárias em Gaza, Síria e Iraque. Ao todo, 97 instalações da UNRWA foram danificadas em Gaza, em especial, centros de saúde, de distribuição de alimentos e escolas. Muitos desses colégios serviam de abrigo para os 250 mil palestinos deslocados.