WASHINGTON - O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nessa terça-feira que vai formar uma força-tarefa para ajudar as empresas de tecnologia americanas a proteger a liberdade de expressão na China, além de outros países que restringem a circulação de informações. As recentes medidas de censura no país asiático têm sido alvo de críticas crescentes. Nesta terça, até ex-aliados do ex-governante comunista Mao Tse-tung se manifestaram.
As críticas de dentro do próprio país foram anunciadas no mesmo dia em que a China declarou novas regras para controlar os bares de internet, com o argumento de reprimir as drogas, a prostituição e o jogo.
O apoio do Departamento de Estado às empresas americanas atende apelos públicos da gigante de tecnologia Yahoo. O presidente da Microsoft, Bill Gates, também aprovou a medida. Ambas as companhias, assim como o Google, sofreram censura. O Yahoo passou pela maior saia justa, porque chegou a oferecer informações ao governo Chinês que foram usadas por Pequim para prender um jornalista.
O Departamento de Estado disse que vai persuadir outros países a permitir maior liberdade de expressão e que ajudará empresas a decidir o que fazer quando receberem restrições dessas nações.
- Muitas empresas de tecnologia querem trabalhar para ajudar aqueles que sofrem com falta de liberdade - disse a subsecretária de Estado Paula Dobriansky. - Se trabalharmos juntos, podemos fazer progressos significativos no assunto.
Nesta terça-feira, um ex-secretário do ex-governante comunista Mao Tse-tung e uma dezena de outros ex-funcionários do governo se voltaram contra as medidas de censura da atual gestão. Eles denunciaram o fechamento de uma seção de investigação do "China Youth Daily" e disseram se tratar de um "incidente histórico".
"A história mostra que apenas sistemas totalitários precisam censurar a imprensa, na ilusão que podem manter o público relegado à ignorância", disseram em uma carta aberta de dois de fevereiro, mas divulgada nesta terça.
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