Caças franceses lançaram seus maiores ataques até agora na Síria contra o reduto do Estado Islâmico (EI) em Raqqa, a “capital” do grupo radical ao norte da Síria, onde vivem cerca de 200 mil pessoas, dois dias depois dos atentados em Paris.
"O ataque... que incluiu 10 caças, foi lançado simultaneamente dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia. Vinte bombas foram lançadas", informou o ministério em comunicado, que acrescentou que a missão aconteceu na noite de domingo (15).
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A operação, realizada em coordenação com forças dos Estados Unidos, atingiu um centro de comando, um centro de recrutamento de jihadistas, um depósito de munições e um campo de treinamento de combatentes, informou o ministério.
A França começou a colaborar efetivamente com a ofensiva na Síria em 27 de setembro último e esta é a segunda vez que os ataques atingem Raqqa. Em 9 de outubro, dois caças franceses bombardiaram um centro de treinamento do EI na localidade.
No G-20 –normalmente marcado para discutir estratégias econômicas mas que desta vez serviu de palco para reuniões diplomáticas sobre os ataques em Paris –, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu aumentar os esforços, enquanto líderes europeus pediram à Rússia que foque seus esforços militares nos radicais islâmicos. Em paralelo, o secretário de Defesa norte-americano, Ash Carter, e o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, conversaram por telefone, segundo o Pentágono, e concordaram em adotar medidas concretas contra o grupo terrorista, mas o teor da ligação não foi revelado.
De forma geral, os líderes reunidos na Turquia prometeram reforçar o controle de fronteiras e de aviação, mas nenhuma mudança de estratégia quanto ao modo como o EI vem sendo combatido (via ataques pontuais), foi divulgada.
Os EUA diz ter realizado ainda sábado 18 ataques contra o EI na Síria. No domingo (15), um membro do governo norte-americano disse à Reuters que o país abasteceu, pela segunda vez, os combatentes da Coalizão Nacional Síria com uma nova leva de armas e munição, avançando com uma estratégia que preocupa a Turquia, seu aliado. A Coalizão Nacional Síria, consiste em cerca de 10 ou 12 grupos, com 5 mil combatentes. Eles estão ao lado dos curdos e de outras minorias para retomar terras que foram conquistadas pelo EI.
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