Os Estados Unidos vão mais do que dobrar a ajuda em segurança que oferecem para o Iêmen, enquanto a Grã-Bretanha organizará uma reunião internacional neste mês para buscar maneiras de evitar que os Estados árabes mais pobres se tornem redutos da Al Qaeda.

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As medidas mostram a preocupação do Ocidente com o Iêmen depois do fracasso de um nigeriano em explodir um avião norte-americano. Ele afirmou ter recebido treino e equipamento no Iêmen.

A célula da Al Qaeda no país assumiu a responsabilidade pela tentativa de ataque ao avião de passageiros dos Estados Unidos.

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Nesta sexta-feira, o premiê britânico, Gordon Brown, afirmou que o Iêmen representa uma ameaça regional e global, como uma incubadora e um potencial reduto para o terrorismo.

"A comunidade internacional não deve negar o apoio que o Iêmen precisa para reprimir o extremismo", disse Brown em comunicado.

O aumento da ajuda norte-americana em segurança para o país foi anunciado em Bagdá pelo general David Petraeus, chefe do comando central norte-americano.

"Tivemos, como é sabido, 70 milhões de dólares em assistência no ano passado. Isso vai mais do que dobrar no ano que entra", declarou o general a jornalistas.

REFORÇOS DA SOMÁLIA

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Autoridades norte-americanas dizem que avaliam maneiras de expandir a cooperação militar e em inteligência com o Iêmen, para aumentar a repressão aos militantes da Al Qaeda.

Sobre repressão, um porta-voz do Pentágono descreveu como "bastante exagerado" um relato de que os EUA preparavam ataques em retaliação à tentativa de atentado contra o avião de passageiros.

Enquanto isso, o grupo islâmico rebelde da Somália al Shabaab declarou nesta sexta-feira estar pronto para enviar reforços para a Al Qaeda, no Iêmen, caso os EUA executem algum ataque.

"Fazemos um chamado a todos os muçulmanos para que ajudem os nossos irmãos no Iêmen. Vamos triunfar sobre a América", disse um dos líderes do al Shabaab.

Além do desafio da Al Qaeda, o Iêmen enfrenta uma rebelião separatista no sul do país e uma insurgência de rebeldes xiitas no norte.

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Em novembro, os rebeldes fizeram uma incursão à vizinha Arábia Saudita.

O número de problemas que enfrenta o governo do Iêmen aumentou a preocupação dos sauditas e do Ocidente de que o país possa se tornar uma base para a Al Qaeda lançar ataques internacionais.

O ministro das Relações Exteriores do Iêmen, Abubakr al-Qirbi, afirmou nesta semana que pode haver até 300 militantes da Al Qaeda no país, alguns dos quais poderiam estar planejando ataques contra alvos ocidentais.