Autoridades norte-americanas afirmaram na quarta-feira (9) que o governo dos Estados Unidos pretende ajudar seus aliados europeus com a crise imigratória aumentando sua cota de reassentamento para refugiados no próximo ano. Ao mesmo tempo, países da América do Sul também fazem aceno ao recebimento de mais imigrantes.
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Leia a matéria completaA Venezuela, por exemplo, se disse preparada para aceitar 20 mil imigrantes, enquanto a presidente chilena, Michelle Bachelet, afirmou estar trabalhando para abrigar “um grande número de refugiados”. No Brasil, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o país está “de braços abertos” para os imigrantes. Já a província canadense de Quebec afirmou que receberá 3.650 refugiados em 2015.
No caso dos EUA, de acordo com as autoridades, o secretario de Estado, John Kerry, teria afirmado a membros do Congresso, em uma reunião particular, que o país vai aumentar sua cota de reassentamento de 70 mil para 75 mil refugiados em 2016. Uma parcela dos imigrantes seria de refugiados sírios. Kerry ainda teria afirmado que voltará ao Congresso para discutir a cota e sugeriu um acréscimo de 30 mil refugiados para o próximo ano, totalizando 100 mil imigrantes.
Já na Europa a discussão se dá sobre a distribuição dos refugiados. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, instou os países do bloco a aprovar um plano emergencial de distribuição de 160 mil refugiados entre si. Para Juncker, os principais países de entrada desses estrangeiros, Grécia, Itália e Hungria, não podem acolher os recém-chegados sozinhos. “A crise de refugiados não vai simplesmente terminar. É a hora de agir”, disse Juncker, completando que 500 mil já entraram em território europeu desde o início de 2015.
O plano, agora anunciado oficialmente, envolve a divisão de 120 mil refugiados que se encontram na Grécia, na Itália e na Hungria, somando-os a uma proposta anterior, anunciada em maio, de realocar outros 40 mil que se encontravam apenas na Itália e na Grécia.
No total, estes 160 mil seriam divididos entre 22 dos 28 Estados membros da União Europeia–além dos três principais países de entrada dos estrangeiros, Reino Unido, Irlanda e Dinamarca não estão legalmente obrigados a aderir ao plano.
O discurso de Juncker foi criticado por países do Leste Europeu contrários à imposição de receber essas pessoas. Por outro lado, como parte do plano, sírios e iraquianos começaram na quarta (9) a chegar à França, após passarem pela Alemanha.
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