Ouça este conteúdo
Os Estados Unidos informaram nesta segunda-feira (24) que cerca de 8,5 mil soldados americanos foram colocados em nível de alerta redobrado para um possível deslocamento para o leste da Europa, em meio à crise de concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia.
“Os Estados Unidos tomaram medidas para aumentar a prontidão de suas forças internamente e no exterior, de modo que estão preparadas para responder a uma série de contingências, incluindo o apoio à força de resposta da Otan (aliança militar do Ocidente) se esta for ativada”, declarou o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
Horas antes, a Otan havia informado que estava colocando forças em prontidão e enviando mais navios e caças para o leste europeu.
“O risco de conflito permanece real e continuamos a pedir à Rússia que diminua a escalada militar e escolha o caminho da diplomacia. A Otan é uma aliança defensiva, que não ameaça a Rússia ou qualquer outro país, mas sempre faremos o que for necessário para proteger e defender todos os nossos aliados, e fico satisfeito que eles estejam se mobilizando”, afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
Para esta semana, a Rússia diz esperar uma resposta americana por escrito a uma série de reivindicações para que retire mais de 100 mil soldados que posicionou perto da fronteira com a Ucrânia.
Moscou alega que não pretende invadir o país vizinho e visa apenas a autodefesa, e quer garantias para que a Otan não aumente sua presença no leste europeu, como veto permanente a uma possível entrada da Ucrânia na aliança e que países do antigo bloco comunista não recebam armas e tropas da organização. Os Estados Unidos já adiantaram verbalmente que consideram essas demandas inaceitáveis.
O Reino Unido e os americanos começaram a retirar funcionários das suas embaixadas em Kiev e seus familiares. Nesta segunda-feira, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, recomendou que os americanos que estão na Ucrânia deixem imediatamente o país, já que planos para evacuação desses cidadãos não estão sendo elaborados.
“Não há intenção de que haja uma partida ou uma evacuação nesse sentido”, afirmou Psaki, ao ser questionada por um repórter sobre o assunto. “Então, estamos comunicando aos cidadãos americanos que eles devem sair (da Ucrânia) agora.”