O Ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, afirmou que os EUA estão fornecendo auxílio em transportes e comunicação ao país na operação militar contra rebeldes no norte do Mali.
A declaração do ministro foi feita neste domingo (13) à rádio RTL, e não forneceu mais detalhes.
Ontem, autoridades americanas disseram ter oferecido o envio de aviões não tripulados, os chamados drones, para o Mali.
Há três dias, a França tem usado caças e helicópteros de combate para bombardear ao menos quatro cidades tomadas por rebeldes extremistas islâmicos no norte do Mali. O país, com a maior população islâmica da União Europeia, teme que grupos ligados à Al Qaeda, como a Ansar Al-Din, usem a região - fora do domínio do governo malinês desde meados de 2012 - como plataforma de ataques terroristas à Europa.
Auxílio Britânico
Dois aviões britânicos partem hoje do Reino Unido à França para dar apoio às Forças Armadas francesas na ofensiva em Mali, desdobrada para deter o avanço de grupos salafistas, segundo confirmaram fontes do Ministério da Defesa.
O primeiro dos aviões, um C17 de carga da RAF (Real Força Aérea, na sigla em inglês), já chegou a uma base aérea de Paris, enquanto o segundo, do mesmo tipo, partirá nas próximas horas, informa a "BBC".
O primeiro C17 será carregado com equipamentos e partirá amanhã rumo ao país africano, em uma só viagem, enquanto o segundo fará voos entre França e a capital malinesa, Bamaco, nos próximos dias, aponta a rede pública.
O governo britânico anunciou ontem que ofereceria apoio logístico "para transportar tropas estrangeiras e equipamento militar" a Mali, mas precisou que não enviará soldados.
O primeiro-ministro, David Cameron, expressou sua "profunda preocupação" com o avanço dos rebeldes, que "estendem o alcance dos grupos terroristas e ameaçam a estabilidade do país e da região em seu conjunto".
Cameron declarou ainda ser necessário "impulsionar urgentemente a aplicação de resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre Mali e assegurar que a intervenção militar seja reforçada com um processo político inclusivo que leve às eleições e ao retorno de um Governo civil".