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Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (25) a imposição de sanções conjuntas com o Reino Unido contra os principais líderes houthis por seu apoio a atos de terrorismo contra a navegação comercial no Mar Vermelho.
As sanções estão dirigidas a quatro indivíduos que apoiaram os recentes ataques da milícia dos houthis contra navios comerciais no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, em ações marcadas em algumas ocasiões pela retenção de tripulações civis como reféns.
Os houthis, grupo apoiado pelo Irã e considerado como terrorista pelos EUA, efetuaram dezenas de ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho em retaliação à ofensiva de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
No dia 17 de janeiro, os EUA anunciaram que voltaram a classificar os houthis como um grupo terrorista, um denominação que haviam retirado em 2021.
Desde outubro de 2023, os houthis lançaram numerosos mísseis balísticos e drones contra embarcações que transitam no Mar Vermelho e nas vias navegáveis circundantes, “impactando e causando danos significativos a vários navios mercantes”, segundo alega Washington.
Em novembro, por exemplo, as forças houthis abordaram e sequestraram o navio mercante Galaxy Leader enquanto navegava no Mar Vermelho.
Entre os sancionados está Mohamed al Atifi, considerado o 'ministro da Defesa' houthi, que declarou publicamente que os membros da milícia irão "transformar o Mar Vermelho em um cemitério", em resposta a quaisquer ações percebidas contra o Iêmen por parte das forças lideradas pelos EUA.
Outro alvo é Muhammad Fadl Abd al-Nabi, considerado 'comandante' das forças marítimas houthis. Ambos participaram da abordagem ao Galaxy Leader.
Muhammad Ali al-Qadiri, chefe das Forças de Defesa Costeira houthi e diretor do Colégio Naval, também está na lista por realizar ataques a navios no Mar Vermelho.
O último nome é o de Muhammad Ahmad al-Talibi, diretor de compras das forças houthis, que lidera os esforços para contrabandear armas, mísseis, veículos aéreos não tripulados e componentes fornecidos pelo Irã, necessários para fabricar esses sistemas de armas para o Iêmen.
Como resultado da ação de hoje, todos os bens e interesses em nome das pessoas designadas acima que estejam localizados nos Estados Unidos ou na posse ou controle de pessoas dos EUA estão bloqueados e devem ser comunicados ao Departamento do Tesouro.
As sanções ocorrem um dia depois de os EUA terem repelido nesta quarta-feira (24) um ataque com mísseis dos rebeldes houthis contra um navio americano que navegava no Golfo de Aden.
Esse ataque aconteceu depois que os EUA destruíram dois mísseis anti-navio houthis que apontavam para o sul do Mar Vermelho e estavam preparados para serem lançados na noite de terça-feira (23).
Na segunda-feira passada, os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma segunda campanha conjunta de bombardeios contra posições houthis no Iêmen, procurando degradar as capacidades ofensivas dos rebeldes.