As mais altas autoridades dos Estados Unidos e do Reino Unido que negociam um acordo nuclear com o Irã veem uma chance de concluir as negociações nas próximas semanas, segundo declarações dadas neste domingo. As negociações serão retomadas no dia 20, e não há data prevista para a conclusão.
O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou hoje que os países que negociam com o Irã a maneira de garantir os fins pacíficos de seu programa nuclear estão agora mais perto de alcançar um acordo com Teerã, após três dias de intensas negociações, sem conclusão, em Genebra. "Leva tempo criar confiança entre países que estão em desacordo tanto tempo, em nosso caso com o Irã é desde 1979", lembrou.
Já William Hague, ministro britânico das Relações Exteriores, afirmou à BBC que um acordo com Teerã está "sobre a mesa e pode ser fechado" depois dos progressos nas últimas rodadas de negociação. "Há uma boa oportunidade para isso, mas são negociações muito difíceis", disse.
Na sexta-feira, havia a esperança de que o acordo fosse concluído depois que vários ministros de relações exteriores foram a Genebra para o diálogo. Segundo as agências de notícias, o principal motivo para o acordo não haver sido fechado desta vez foram as preocupações da França com os níveis de enriquecimento de urânio do Irã.
Numa mudança importante, porém, os Estados Unidos não pareciam mais exigir o cessamento completo das atividades de enriquecimento de urânio pelo país. Sua preocupação maior era em reduzir o mais alto nível de enriquecimento.
Autoridades iranianas dizem que o país fez progresso nas negociações, mas insistiu em que não vai desistir do enriquecimento de urânio, apesar das preocupações internacionais com a possibilidade de o Irã vir a produzir artefatos nucleares.
Ao parlamento, o presidente Hasan Rowhani disse que o enriquecimento é uma "linha vermelha" que não deve ser cruzada. O Irã insiste em que seus reatores servirão apenas para garantir eletricidade e aplicações médicas.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião