Estados Unidos e Rússia começaram na terça-feira negociações formais destinadas à redução de seus arsenais nucleares, o que pode prenunciar uma nova fase de desgelo nas relações entre os dois ex-inimigos da Guerra Fria.
Os presidentes Barack Obama e Dmitry Medvedev decidiram em abril buscar um acordo que substitua o primeiro Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start 1), de 1991, que expira em dezembro.
As negociações, que começaram numa mansão do século 19 no centro de Moscou, devem lidar com complexas questões técnicas a respeito das armas nucleares. Diplomatas disseram que o clima é de positivo.
"Estamos buscando um diálogo construtivo e esperamos que o otimismo que está sendo manifestado por ambos os lados alimente resultados práticos", disse uma fonte não-identificada da chancelaria local a agências russas de notícias.
Os negociadores chegaram sem fazer declarações à imprensa.
Autoridades russas esperam que os EUA apresentem um texto preliminar do novo acordo de modo a reduzir diferenças antes da visita de Obama a Moscou, entre 6 e 8 de julho.
A delegação norte-americana é liderada pela secretária-assistente de Estado Rose Gottemoeller, e irá incluir funcionários do Pentágono e do Departamento de Energia.
Gottemoeller, especialista em questões russas e muito respeitada em Moscou, manteve discussões preliminares no mês passado em Roma com o negociador russo Anatoly Antonov, chefe do departamento de segurança e desarmamento da chancelaria.
Medvedev e Obama têm dito que o novo acordo deve diminuir os arsenais para abaixo do que prevê o Tratado de Reduções Ofensivas Estratégicas (Sort, na sigla em inglês), de 2002, pelo qual ambos os lados deveriam reduzir seus arsenais para algo entre 1.700 e 2.200 ogivas até 2012.
A Rússia diz que pretende vincular essas negociações aos planos norte-americanos de instalar um escudo antimísseis no Leste Europeu, e pressiona Washington a limitar o número de sistemas de lançamento -- os foguetes e outros meios para utilizar as armas.
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