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O governo da Rússia informou nesta quarta-feira (8) que representantes do Kremlin e do governo dos Estados Unidos formarão uma espécie de força-tarefa para discutir o que Moscou chamou de “complexa situação de confronto” no Leste europeu.
Na véspera, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o mandatário russo, Vladimir Putin, se reuniram virtualmente e o principal assunto foi a concentração de tropas da Rússia na fronteira com a Ucrânia. Segundo Washington, Biden responderia com sanções econômicas e ajuda militar a Kiev e a aliados da Otan (a aliança militar do Ocidente) caso o território ucraniano seja invadido novamente.
Nesta quarta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que os dois líderes se reunirão novamente após conversas entre representantes dos dois governos sobre o assunto, mas que nenhuma data foi definida para o próximo contato, segundo informações da agência Reuters.
Nesta quarta, Putin também disse a repórteres que as conversas continuarão. “Concordamos que continuaremos essa discussão e o faremos de maneira substantiva. Trocaremos ideias em um futuro muito próximo. A Rússia irá redigir suas ideias literalmente nos próximos dias, dentro de uma semana iremos entregá-las para os EUA considerarem”, afirmou.
O presidente russo considerou “provocativa” a suposição de um possível ataque russo à Ucrânia e alegou que Moscou visa apenas a autodefesa. “Não podemos deixar de nos preocupar com a perspectiva de uma possível admissão da Ucrânia na Otan, porque isso será, sem dúvida, seguido pelo envio de contingentes militares, bases e armas que nos ameaçam”, argumentou.