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Armas estratégicas

EUA e Rússia validam acordo nuclear da era Obama por mais cinco anos

biden putin
Nesta foto de arquivo tirada em 10 de março de 2011, o então primeiro-ministro russo Vladimir Putin (D) aperta a mão do vice-presidente dos EUA na época, Joe Biden, durante reunião em Moscou (Foto: ALEXEY DRUZHININ / POOL / AFP)

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Os Estados Unidos e a Rússia renovaram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (New Start) por mais cinco anos, informaram os governos dos dois países nesta quarta-feira (3). O tratado, firmado em 2011 durante o governo do ex-presidente americano Barack Obama, é o único acordo de controle de armas nucleares entre as duas potências.

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, disse nesta quarta que o pacto permite limites verificáveis ​​para mísseis balísticos intercontinentais russos, mísseis balísticos lançados por submarino e bombardeiros pesados ​​até 5 de fevereiro de 2026. Isso, segundo ele, torna "o mundo mais seguro".

A administração do ex-presidente Donald Trump estava negociando com os russos, mas pressionava pela inclusão de todas as armas nucleares e não apenas armas nucleares estratégicas. Isso se explica porque, apesar de os Estados Unidos serem o país com o maior número de ogivas implantadas, a Rússia possui um arsenal nuclear maior. Trump também queria a participação da China no acordo – algo que Pequim recusou veementemente. Sobre isso, Blinken disse que o novo governo democrata vai buscar o "controle de armas para reduzir os perigos do moderno e crescente arsenal nuclear da China".

A extensão do New Start ocorre em um momento difícil na relação entre Rússia e EUA. No fim de semana, o próprio Blinken criticou o Kremlin pela prisão de milhares de manifestantes que protestavam pela libertação de um dos críticos mais ferrenhos do presidente Vladimir Putin, Alexei Navalny. Os EUA também estão revisando a participação da Rússia no pior ataque hacker contra o governo americano e supostas recompensas que Moscou teria oferecido pela morte de soldados americanos no Afeganistão. Sanções não foram descartadas pela administração de Joe Biden.

Críticos da decisão de Biden em renovar o New Start por mais cinco anos apontam que seria preferível uma extensão em menor prazo, a fim de ganhar tempo para tratar de questões envolvendo armas nucleares táticas e mísseis hipersônicos. Conforme lembrou um editorial do Wall Street Journal desta semana, Victoria Nuland, a terceira pessoa mais importante da equipe de Biden no Departamento de Estado, escreveu no ano passado que "o tratado poderia ser prorrogado provisoriamente por um ou dois anos, mas Washington não deveria conceder a Moscou o que eles mais desejam: uma implementação gratuita do New Start sem quaisquer negociações para tratar dos recentes investimentos da Rússia em sistemas de armas nucleares de curto e médio alcance e novas armas convencionais".

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