O subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, William Burns, se encontrou nesta quarta com o presidente sírio, Bashar al-Assad. Um dia antes, Washington nomeou seu primeiro embaixador em Damasco em cinco anos, em uma iniciativa para se aproximar de um ex-rival.
A reunião foi confirmada pela agência estatal local Sana. A visita de Burns foi criticada nos EUA, pela Síria ser considerada um dos piores inimigos de Israel.
A Casa Branca afirmou que a visita busca fortalecer o diálogo "em todos os aspectos". A relação bilateral é prejudicada pela aliança de três décadas entre Síria e Irã e pelas acusações norte-americanas de que os sírios se intrometem em assuntos do vizinho Iraque.
O diplomata de carreira Robert Ford será o primeiro embaixador dos EUA em Damasco desde que Washington convocou seu enviado, após o ex-primeiro-ministro libanês Rafiq Hariri ser morto, em fevereiro de 2005, em um ataque atribuído à Síria.
A nomeação foi criticada por republicanos, temerosos diante da estratégia do presidente Barack Obama de se aproximar de governos considerados hostis a Washington.
A congressista Ileana Ros-Lehtinen, principal nome republicano no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, viu a medida como uma recompensa a um inimigo.
Analistas acreditam que é improvável que o governo de Assad, preocupado em primeiro lugar com sua própria sobrevivência, possa se afastar do Irã ou fazer concessões imediatas a Israel.
Os funcionários norte-americanos querem melhorar a cooperação no setor de inteligência com a Síria. A influência síria no Líbano através do grupo militante Hezbollah, porém, pode ser um impedimento para essa estratégia.
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