Em pronunciamento na COP27, o presidente americano, Joe Biden, argumentou que “se o carvão pode ser financiado nos países em desenvolvimento, não há razão para não financiar energia verde”| Foto: EFE/EPA/KHALED ELFIQI
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União Europeia, Estados Unidos, Japão, Canadá, Noruega, Singapura e Reino Unido assinaram nesta sexta-feira (11) uma declaração conjunta de Importadores e Exportadores de Energia sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa provenientes de combustíveis fósseis.

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Os signatários do pacto, firmado durante a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27), que acontece no Egito, se comprometeram a adotar “medidas imediatas” para reduzir as emissões dos gases do efeito estufa associadas à produção e ao consumo de energia fóssil.

“Cada fração de grau conta na nossa luta para preservar nosso planeta para as gerações futuras. Trabalhando juntos para fazer frente ao metano, podemos reduzir o aquecimento em 0,1% para meados do século”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, através de comunicado.

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Os signatários se comprometem a trabalhar pela criação de um mercado internacional de energia fóssil que minimize as emissões de metano e CO2 em toda a cadeia de valor, na maior medida possível, ao mesmo tempo em que trabalharão para reduzir, progressivamente, o consumo de combustíveis fósseis.

A redução das emissões de metano e outros gases do efeito estufa do setor da energia fóssil também melhora a segurança energética, através da redução da queima de gases, da ventilação e de vazamentos evitáveis que desperdiçam gás natural, destacou o vice-presidente do Executivo do bloco, responsável pelo Pacto Verde Europeu, Frans Timmermans.

De acordo com o político holandês, “o setor de energia oferece um grande potencial para a obtenção de resultados mais rápidos, mediante a detecção e reparação rápida dos vazamentos e da limitação da ventilação e da combustão”.

A comissão acrescentou que estas medidas também melhorarão a saúde dos cidadãos, ao eliminar o carbono negro e outros poluentes atmosféricos associados.

Este acordo é uma continuação do lançamento do Compromisso Mundial sobre o Metano, firmado na COP26, com o objetivo de reduzir as emissões antropogênicas coletivas de metano em pelo menos 30% na comparação entre 2020 e 2030.

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“A UE e os Estados Unidos lançaram o Compromisso Mundial sobre o Metano na COP26, no ano passado, e mais de cem parceiros se aliaram a nós. Agora, temos que seguir adiante e conseguir essas reduções. Precisamos que mais emissores importantes se unam a nós”, disse Timmermans.

O Compromisso Mundial sobre o Metano é uma estratégia essencial para reduzir o aquecimento a curto prazo e manter ao alcance o limite de 1,5 grau de aumento na temperatura global.

A comissária de Energia, Kadri Simson relembrou que a União Europeia já propôs legislação para reduzir as emissões nocivas de metano no setor energético, e indicou esperar trabalhar com os parceiros internacionais para “intensificar esforços”.

“Reduzir as emissões de metano e outros gases do efeito estura do setor energético fóssil nos ajudará a reforçar nossa segurança energética”, indicou a representante do Executivo comunitário.

Em pronunciamento na COP27, o presidente americano, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira que “os Estados Unidos estão agindo e todos têm que agir" na luta contra a mudança climática e comentou que “se o carvão pode ser financiado nos países em desenvolvimento, não há razão para não financiar energia verde”.

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“Para dobrar a curva de emissões, todos os países têm que agir. Nesta reunião, devemos renovar e elevar nossas ambições climáticas. Os EUA estão agindo, todos têm que agir. É um dever e responsabilidade da liderança global. Países que estão em posição de ajudar deveriam estar ajudando os países em desenvolvimento para que possam tomar decisões climáticas decisivas”, disse Biden.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]