Os Estados Unidos e a União Europeia (UE), que já aplicaram várias sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, cogitam tomar novas medidas nesse sentido como resposta pela morte do líder oposicionista Alexei Navalny, que morreu numa prisão na Sibéria na sexta-feira (16).
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta segunda-feira (19) que estuda impor novas sanções à Rússia em razão do caso Navalny. Na semana passada, ele havia culpado o presidente russo, Vladimir Putin, pela morte do ativista.
“Já temos sanções [contra a Rússia], mas estamos considerando sanções adicionais, sim”, disse Biden a um grupo de repórteres ao chegar à Casa Branca, depois de passar o fim de semana no estado de Delaware.
O presidente democrata disse que espera que a morte de Navalny faça com que os republicanos suspendam o bloqueio no Congresso para aprovar uma nova ajuda militar para a Ucrânia.
Biden criticou a oposição republicana por, segundo ele, “se afastar” da OTAN e dos “compromissos internacionais” dos EUA. “É simplesmente chocante, nunca se viu nada igual”, analisou.
As autoridades russas ainda não divulgaram oficialmente a causa da morte de Navalny, mas seus familiares e apoiadores e líderes do Ocidente acusam Putin de execução.
Também nesta segunda-feira, após uma reunião em Bruxelas com Yulia Navalnaya, viúva de Navalny, ministros de Relações Exteriores da UE informaram que sanções relativas ao caso podem ser impostas à Rússia.
O bloco já vinha preparando um novo pacote de medidas contra Moscou em razão dos dois anos da guerra da Ucrânia, que serão completados no sábado (24).
“A UE não poupará esforços para responsabilizar a liderança política e as autoridades da Rússia, em estreita coordenação com os nossos parceiros; e imporá custos adicionais pelas suas ações, inclusive através de sanções”, apontou a declaração.
Segundo a agência Reuters, Alemanha, Lituânia e Suécia estão entre os países da UE que pressionam por sanções específicas contra a Rússia pela morte de Navalny. (Com Agência EFE)