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Escândalo do leite

EUA e UE pedem mais regulação a produtos chineses

Os problemas recentes com o leite contaminado mostram a necessidade de uma melhoria nos padrões de segurança dos produtos chineses, disseram nesta quarta-feira (24) funcionários de Estados Unidos e União Européia. Vários países ampliaram os testes sobre comidas importadas da China, após um escândalo que encontrou vários lotes de leite em pó contaminados com o produto químico melamina. Já foram notificados mais de 54 mil casos de bebês que tiveram problemas de saúde após ingerir o leite em pó contaminado. Quatro mortes de crianças foram confirmadas.

Teme-se que outros alimentos, como biscoitos e cereal, possam estar contaminados com a substância. "A situação com a melamina apenas reforça a mensagem que estamos tentando enviar, que você tem que saber o que chega e o que sai da sua fábrica", disse Nancy Nord, chefe suplente da Comissão de Segurança dos Produtos ao Consumidor dos EUA. "Você não pode 'pegar atalhos' nessas coisas." Nord e outros funcionários norte-americanos e europeus estavam na China. Eles realizam apresentações sobre a regulação necessária para o setor alimentício.

"Ninguém quer ver isso acontecer, especialmente em crianças pequenas", disse Jacqueline Minor, diretora do órgão da UE encarregado de zelar pelos direitos do consumidor. Segundo ela, não havia sido detectada a presença de produtos contaminados no bloco europeu.

Fornecedores de leite chineses adicionaram a melamina como uma forma de cortar custos, pois com isso também acrescentavam água à mistura, fazendo-a render mais. A substância química usada em plásticos e fertilizantes melhorava o desempenho do leite em testes sobre a presença de nitrogênio, usados para detectar o valor protéico do leite. Porém a melamina consumida em grandes quantidades pode levar à morte.

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