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O Departamento de Estado americano confirmou, nesta quinta-feira (25), um acordo entre Estados Unidos e Venezuela para restabelecer as relações diplomáticas entre os dois países, o que deve acontecer nos próximos dias. A Venezuela já havia feito um anúncio na quarta, através de seu ministro de Relações Exteriores, Nicolás Maduro.

"Esse importante passo ajudará a avançar nos interesses dos Estados Unidos ao melhorar a comunicação bilateral e reforçar nosso alcance ao povo Venezuelano", informou o comunicado dos EUA.

O anúncio venezuelano aconteceu em Maracay, 80 quilômetros a oeste de Caracas, onde acontece a 6.º Reunião de Cúpula da Alternativa Bolivariana para Nossa América (Alba). A notícia também foi confirmada por fontes diplomáticas em Washington.

"O secretário assistente de Estado dos EUA para a América Latina, Thomas Shannon, nos manifestou (...) o desejo do governo do presidente norte-americano Barack Obama de fazer avançar um processo de comunicação mais fluida e melhorar as relações", explicou Maduro, citado em um comunicado da chancelaria.

"Nós temos uma posição muito clara quanto a esse assunto e estamos com a disposição de avançar", acrescentou.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ordenou em setembro de 2008 a expulsão do embaixador dos EUA em Caracas em solidariedade a seu aliado boliviano, o presidente Evo Morales, que havia adotado medida semelhante. Em resposta, a Casa Branca expulsou o embaixador venezuelano em Washington.

Em abril de 2009, Venezuela e Estados Unidos concordaram em buscar a normalização de suas relações, depois de um ameno encontro entre Chávez e Obama, na reunião de Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago.

Segundo uma fonte da chancelaria venezuelana, o embaixador do país em Washington, Bernardo Alvarez, retomará seu posto nesta sexta. Do lado norte-americano, um funcionário governamental informou que a Casa Branca decidiu enviar novamente o embaixador Patrick Duddy a Caracas, sem dar mais detalhes.

Inicialmente, Chávez havia proposto ao representante venezuelano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Roy Chaderton, que substituísse Alvarez. Mas depois os dois governos resolveram restituir os mesmos diplomatas indicados antes da crise.

A Bolívia tomou a decisão de expulsão o representante norte-americano ao acusá-lo de instigar manifestações violentas no país. As relações entre Caracas e Washington ficaram mais tensas durante o mandato de Chávez, crítico feroz da política externa dos EUA. No entanto, ele vem demonstrando otimismo quanto à melhora dos laços desde a chegada de Obama ao poder.

Apesar das disputas diplomáticas, a Venezuela se mantém como um importante fornecedor de petróleo e outros produtos para o mercado dos EUA, que é o maior parceiro comercial venezuelano.

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