Integrante das unidades de proteção aos curdos monta guarda para evitar ataques de terroristas ligados à Al-Qaeda| Foto: Rodi Said/Reuters

Os Estados Unidos estão enviando dezenas de mísseis e drones para ajudar o Iraque a combater ações de extremistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, apoiados pela Al-Qaeda, que já deixaram mais de 8 mil mortos no país neste ano. A informação foi divulgada ontem pelo jornal The New York Times.

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Segundo o jornal, o envio atende a um pedido feito pelo primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, ao presidente Barack Obama durante encontro na Casa Branca em novembro.

Entre os equipamentos vendidos ao governo iraquiano estariam 75 mísseis antitanque Hellfire, modelo usado na Guerra do Golfo, entregues na última semana. A expectativa é que dez drones de reconhecimento ScanEagle – menores e menos potentes que os Predators – também sejam entregues ao país em março.

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O chanceler iraquiano, Hoshyar Zebari, teria considerado obter drones Predator ou Reaper, mas a ideia não foi formalmente encampada por Maliki, que tem calculado bem sua resposta à violência com vistas a um terceiro mandato como premiê.

A possibilidade de ataques com drones controlados pelos EUA, que acabaria colocando em xeque a capacidade de Obama de colocar um "fim responsável" na intervenção ao país, também não parece ter apoio na Casa Branca.

"Nós não recebemos um pedido formal para operar drones armados no Iraque, nem estamos planejando missões armadas de inteligência, monitoramento e reconhecimento no Iraque", afirmou Bernadette Meehan, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, ao Times. Especialistas questionam a eficácia do envio de armas para tentar restabelecer o mínimo de segurança no Iraque. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), das mais de 8 mil mortes registradas em 2013 no país – o maior número desde 2008.