O contratorpedeiro de mísseis guiados USS John S. McCain, da Marinha dos EUA, cruzou o Estreito de Taiwan, que separa a China da ilha autônoma, nesta quinta-feira (4). A movimentação de um navio de guerra americano nessas águas é rotineira, mas esta é a primeira vez que ela ocorre no governo do democrata Joe Biden. O envio do USS John S. McCain ao Estreito é visto pela China como uma provocação. Nesta quinta, o país asiático afirmou que está observando de perto os movimentos da Marinha dos EUA na região.
"A China continuará a manter um alto nível de alerta em todos os momentos, responderá a todas as ameaças e provocações em todos os momentos e defenderá resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial", disse um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China nesta quinta. "Espera-se que os Estados Unidos desempenhem um papel construtivo na paz e estabilidade regional, e não o contrário".
A Sétima Frota da Marinha dos EUA afirmou que a movimentação da embarcação está de acordo com a lei internacional. "O trânsito do navio pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos EUA com um Indo-Pacífico livre e aberto. Os militares dos Estados Unidos continuarão a voar, navegar e operar em qualquer lugar que a lei internacional permitir", disse um porta-voz da Marinha americana.
Analistas internacionais acreditam que a gestão Biden deve manter a mesma postura do ex-presidente americano Donald Trump em relação a Taiwan, dando apoio ao governo independente da ilha, inclusive com o fornecimento de equipamentos militares – apesar de formalmente apoiar a "política de uma China", na qual Taiwan faz parte da China continental. Pequim considera Taiwan uma província rebelde e promete retomá-la. Por conta deste tensão, o estreito é considerado um possível foco de conflito armado entre os EUA e a China.
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