Os EUA se preparam para enviar de 20 a 30 soldados das Forças de Operações Especiais à Síria para treinar rebeldes moderados para os combates contra o Estado Islâmico, informou nesta sexta-feira (30) a imprensa americana.
Caso a informação se confirme, será a primeira vez que tropas americanas atuarão oficialmente em terra no país árabe desde o início da guerra civil. Há um ano, os EUA fazem ataques aéreos contra a milícia radical em território sírio.
Segundo membros do governo americano, os militares seriam enviados ao território controlado pelos curdos no norte da Síria. Lá, seriam os responsáveis por treinar chefes de milícias contrárias ao ditador Bashar al-Assad.
Os funcionários estatais preveem que os soldados cheguem à Síria nos próximos dias. A ordem é que os soldados dos EUA não se envolvam em combates, embora tenham direito de responder a ataques dos inimigos.
A medida faz parte da nova fase de treinamento de rebeldes lançada pelo Pentágono há duas semanas, após o fracasso da primeira missão. Inicialmente, as atividades com os insurgentes seriam feitas na Jordânia ou na Turquia.
Apesar de não terem presença reconhecida em terra, os EUA já enviaram militares à Síria em missões secretas. Uma delas foi a tentativa de resgatar o jornalista James Foley, decapitado pelo Estado Islâmico em agosto de 2014.
No vizinho Iraque, ocupado pelos americanos entre 2003 e 2011, milhares de soldados fazem exercícios e treinamento do Exército do país, mas não se envolvem diretamente nos combates contra a facção radical.
Rússia
O envio das Forças de Operações Especiais dos EUA ao território sírio deve acirrar a tensão com a Rússia. Há um mês o presidente Vladimir Putin lançou uma operação no país árabe sob a justificativa de combater o terrorismo.
Apesar de terem atacado áreas do Estado Islâmico, os russos fizeram, em sua maioria, bombardeios contra os rebeldes apoiados pelos EUA, a França e o Reino Unido. Os ataques ajudaram Assad a retomar parte do terreno perdido.
A notícia é revelada no mesmo dia em que o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, fazem uma reunião com representantes de países da região, como Arábia Saudita e Turquia, sobre a guerra.
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