O governo norte-americano acredita que a permissão de envio de armas aos rebeldes, que tentam depor o governo de Bashar Assad na Síria, pode ajudar na resolução do conflito no país, motivando outras nações a oferecer apoio. Os EUA disseram que tem uma "grande confiança" que as forças de Assad mataram até 150 pessoas usando armas químicas, o que motivou o envio de armas.
A estratégia do governo americano é usar esse argumento na reunião do G-8, na próxima segunda-feira, na Irlanda do Norte, para persuadir a Rússia, aliado mais próximo da Síria, para aumentar a pressão sobre Assad.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou neste sábado, 15, que os critérios dos EUA para afirmar que a Síria usou armas químicas no conflito aparentemente não cumprem critérios rigorosos de confiabilidade.
Em uma carta ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, a embaixadora da ONU Susan Rice disse que os Estados Unidos determinaram que gás sarin foi usado pelas forças de Assad.
Ban Ki-moon, no entanto, manifestou oposição à decisão dos EUA. O chefe da ONU disse que ninguém está certo em enviar armas sem uma investigação rigorosa sobre o uso de armas químicas. "Aumentar o fluxo de armas para ambos os lados não seria positivo", disse.
Autoridades norte-americanas não revelaram quaisquer detalhes sobre as armas que pretendem enviar à Síria ou quando e como elas serão entregues. Segundo as autoridades, os EUA o mais provável é que sejam armas de pequeno porte.
Nesta sexta-feira, o governo sírio disse que as acusações dos Estados Unidos de que as forças de Bashar Assad usaram armas químicas "estão cheias de mentiras" e acusou o presidente Barack Obama de recorrer a invenções para justificar sua decisão de fornecer armas para os rebeldes sírios. As informações são da Dow Jones Newswires e da Associated Press.
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