A Casa Branca declarou nesta segunda-feira (21) que está atenta aos apagões que têm atingido Cuba nos últimos dias e não descarta a possibilidade de oferecer assistência ao país, apesar de destacar que o regime cubano ainda não fez tal solicitação. Em uma coletiva de imprensa, a porta-voz Karine Jean-Pierre afirmou que o governo dos Estados Unidos está “monitorando de perto” a situação energética em Cuba, expressando preocupação com o impacto humanitário sobre a população cubana.
“Estamos preocupados com o possível impacto humanitário sobre o povo cubano. Como vimos nos últimos anos, as condições econômicas de Cuba, decorrentes da má administração prolongada de suas políticas e recursos, sem dúvida aumentaram as dificuldades da população do país”, disse Jean-Pierre. Ela ressaltou que os EUA “não são responsáveis” pelos apagões e pela crise energética, que as autoridades cubanas têm atribuído ao bloqueio comercial imposto por Washington.
Atualmente, o Sistema Nacional de Eletricidade (SEN) de Cuba enfrenta sérias dificuldades, principalmente devido à escassez de combustível e às frequentes falhas nas usinas termoelétricas, que operam há quatro décadas sem os investimentos necessários. Embora os apagões sejam um problema recorrente, a situação se agravou nas últimas semanas, com picos de falta de energia superando 50% em alguns dias, o que significa que metade do país ficou sem eletricidade ao mesmo tempo.
Essas interrupções de energia têm um impacto negativo na economia cubana, que já contraiu 1,9% do PIB em 2023, e contribuem para o descontentamento social em uma nação que enfrenta uma crise econômica em intensificação. Jean-Pierre esclareceu que, até o momento, o regime cubano “não solicitou nenhuma ajuda”, mas não descartou a possibilidade de assistência futura, caso a situação se modifique.
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