Os Estados Unidos estão repensando sua oposição em armar os rebeldes sírios, disse o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, nesta quinta-feira (2), num momento em que aumenta a pressão por uma resposta dos EUA em relação à suspeita de uso de armas químicas pela Síria em sua guerra civil.
Hagel ressaltou que nenhuma decisão foi tomada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, e não sinalizou se uma decisão ocorreria em breve sobre armar combatentes da oposição que tentam derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Comandantes militares dos EUA têm manifestado preocupações de que as armas poderiam cair nas mãos de extremistas islâmicos antiamericanos e que os grupos de oposição armados pouco podem fazer para acabar com o conflito.
"Você analisa e repensa todas as opções. Isso não significa que você faz ou você vai" escolhê-las, disse Hagel.
"Estas são opções que devem ser consideradas com os parceiros, com a comunidade internacional: o que é possível, o que pode ajudar a realizar (nossos) objetivos", acrescentou.
Ainda assim, a admissão pública de Hagel em coletiva de imprensa no Pentágono, ao lado de seu colega britânico, foi o sinal mais claro até agora de que Obama está se movendo em direção a alguma ação, depois de citar informação preliminar da inteligência dos EUA de que as forças de Assad provavelmente usaram armas químicas, especificamente gás sarin.
O secretário de Defesa britânico, Philip Hammond, observou que seu governo recebeu restrição por uma proibição da União Europeia para o fornecimento de armamentos aos rebeldes.
"Nossos dois países só vão fazer o que legalmente se pode fazer", disse Hammond, acrescentando que seu governo vai "analisar a situação quando essa proibição expirar, em algumas semanas".