Um imposto de 1% a cada 30 gramas de refrigerante poderia frear a epidemia de obesidade nos Estados Unidos e gerar uma renda extra ao governo de US$ 15 bilhões por ano. Esse é o resultado de um estudo publicado no "New England Journal of Medicine", que gerou reação do presidente mundial da Coca-Cola, Muhtar Kent. Para ele, todos os seus produtos são "saudáveis" e apenas exercícios físicos combaterão a obesidade.

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O debate em torno da taxa sobre calorias vem ganhando espaço nos Estados Unidos e Europa. Em Washington, o presidente Barack Obama insinuou que seria favorável à proposta. Em cidades europeias, restaurantes de fast-food poderão começar a ser taxados.

No estudo publicado pelos maiores especialistas em obesidade nos EUA, o resultado de pesquisas em escolas de todo o país provou que a taxa teria resultados positivos para reduzir o consumo, além de financiar parte da reforma no sistema de saúde americano - isso porque os gastos com pessoas obesas seriam reduzidos. Segundo o grupo, 9% dos gastos de saúde nos EUA estão relacionados à obesidade. Pelos cálculos, a taxa significaria aumento de 20% no preço de refrigerante e redução de 20 calorias por dia no consumo de uma pessoa. "Há produtos que contribuem para a obesidade claramente", afirmou David Ludwig, principal autor do estudo e professor da Harvard Medical School.

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"Isso seria ridículo", disse Kent. "Nunca funcionará uma política do governo dizendo o que devemos ou não comer. Temos uma linha de 400 marcas, todas saudáveis. O mais importante é a atividade física."