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Os Estados Unidos confirmaram nesta quinta-feira (15) a imposição de sanções à Rússia. Entre as medidas estão a proibição de negociações com a dívida soberana do país e de parcerias de empresas com o Serviço de Inteligência russo.
A Casa Branca diz que a sanção visa "responder ao comportamento desestabilizador da Rússia" e conter "atividades estrangeiras prejudiciais que ameaçam a segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos, incluindo minar a realização de eleições livres e justas".
"O presidente Biden assinou esta nova medida para confrontar o comportamento maligno contínuo e crescente da Rússia", diz a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, em nota enviada à imprensa. "O Tesouro está aproveitando esta nova autoridade para impor custos ao governo russo por sua conduta inaceitável, inclusive limitando a capacidade da Rússia de financiar suas atividades", acrescenta.
Além disso, o governo norte-americano impôs sanções contra seis empresas russas que supostamente apoiam operações de cyberhacking dos serviços de espionagem russos e vai expulsar 10 diplomatas russos nos Estados Unidos que seriam oficiais de inteligência.
Resposta russa
Uma série de medidas de retaliação será adotada pela Rússia em resposta às sanções aplicadas pelo Estados Unidos, disse o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, ao embaixador americano no país, John Sullivan, segundo nota divulgada pela pasta.
Além de classificar as ações dos EUA como "inaceitáveis", o documento do ministério russo diz que a decisão do governo americano representa um "novo golpe forte" nas relações bilaterais.
"Ao longo dos anos, Moscou demonstrou uma abordagem extremamente responsável na tarefa de manter as relações com os EUA em um nível aceitável. No entanto, sob sucessivas administrações, Washington apenas agravou a situação ao não responder aos nossos impulsos construtivos", declarou a pasta.