A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse nesta segunda-feira (20) que os Estados Unidos farão "tudo o que puderem" para encontrar e libertar o soldado norte-americano capturado no Afeganistão que teve imagens em cativeiro divulgadas pela internet no fim de semana.
A gravação, que teve trechos publicados pelo YouTube, mostra o soldado Bowe Bergdahl, de 23 anos, de Idaho, vestido com roupas tradicionais afegãs, sendo instigado a pedir às forças norte-americanas a retirada de suas tropas do Afeganistão. "Nós estamos tentando fazer tudo que for possível para localizá-lo e libertá-lo", disse Hillary, que está em missão diplomática na Índia, em uma entrevista ao programa "Good Morning America", transmitida pela emissora ABC.
"É ultrajante", disse. "É um verdadeiro sinal de desespero e um comportamento criminoso inapropriado destes grupos terroristas, então nós faremos tudo que pudermos para resgatá-lo."
O Exército norte-americano disse que o vídeo é autêntico, mas denunciou-o como propaganda do Talibã que violaria as leis internacionais.
Bergdahl foi capturado em 3 de julho, segundo o Departamento de Defesa. Ele é membro de um batalhão baseado em Fort Richardson, Alasca.
Este é o primeiro soldado americano capturado pelos talibãs desde o início da intervenção internacional no Afeganistão no fim de 2001. No vídeo de 28 minutos, o soldado lança um apelo à retirada do Afeganistão das tropas estrangeiras. Ele também conta que foi capturado depois de ter ficado para trás durante uma patrulha em Paktika.
Segundo o soldado, nesse mesmo dia ele ouviu pelo rádio que um helicóptero havia caído, o que realmente aconteceu.
Uma pessoa sentada à esquerda do militar, que o tempo todo se esconde, mostra à câmera as placas de identificação do americano.
O vídeo mostra o refém respondendo em inglês a um homem escondido que lhe pergunta, também em inglês, uma série de questões muito orientadas sobre as razões da "invasão das tropas internacionais no Afeganistão, sobre as vít8imas civis de suas operações, os abusos praticados contra os prisioneiros afegãos e os insultos ao islã".
"Invadimos um país independente, e um povo independente", diz o soldado.
"Minha mensagem ao governo americano, é que ele deve retirar suas tropas do Afeganistão, porque aqui não é nosso país", acrescentou, antes de se dirigir a seus compatriotas americanos.
"Vocês têm o poder de pressionar o governo para retirar as tropas, por favor, levem-nos de volta para casa!", pediu o soldado americano.
A pessoa que o interroga afirma que, depois de capturado, o militar americano foi levado para a região de Kandahar.
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