Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg| Foto: Divulgação/NATO

O governo dos Estados Unidos vai diminuir sua contribuição para o orçamento coletivo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), revelaram funcionários americanos e da aliança atlântica. A medida ocorre em meio aos questionamentos sobre o comprometimento do presidente Donald Trump com a Otan, enquanto ele se prepara para participar da reunião em Londres que marcará o 70º aniversário da organização.

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Em 2019, os EUA contribuíram com 22% dos fundos da Otan para os gastos de manutenção das sedes da organização e investimentos em segurança.

Funcionários da defesa americana disseram à rede CNN que Trump reduzirá essa contribuição para 16%, aproximando-se da Alemanha, que contribui com 14,8%, apesar de a economia americana ser maior. Outros membros da Otan também devem reduzir suas contribuições, segundo funcionários americanos e da aliança atlântica.

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"Todos os aliados concordaram com uma nova fórmula de compartilhamento de custos. Sob essa nova fórmula, a divisão de gastos atribuída à maioria dos aliados europeus e ao Canadá aumentará, enquanto a dos EUA diminuirá. É uma grande demonstração de compromisso dos aliados com relação à aliança e seu orçamento", disse um funcionário da Otan à CNN.

Investimentos em defesa

A decisão é vista como uma medida amplamente simbólica, já que o orçamento direto da Otan é relativamente pequeno, cerca de US$ 2,5 bilhões, e é separado do orçamento de defesa que, segundo recomendação da organização, deveria ser de 2% do PIB de cada país-membro.

Trump vem criticando os aliados da Otan, principalmente a Alemanha, por não cumprirem a meta de contribuir com 2% do PIB para os investimentos de defesa. Somente 8 dos 29 países-membros contribuem com a porcentagem estipulada. Todos os integrantes haviam se comprometido a alcançar os 2% até 2024, mas agora alguns desistiram de fazer isso.

Países-membros elevaram consideravelmente seus gastos nos últimos anos e Trump disse que o crédito pelo aumento foi seu. Funcionários da Otan, entre eles o secretário-geral Jens Stoltenberg, também atribuíram a Trump o aumento dos gastos, com um extra de US$ 100 bilhões desde 2014, mas reconhecem que a tomada da Crimeia pela Rússia e outros fatores ajudaram a incentivar o aumento.

O orçamento militar para 2019, de US$ 1,4 bilhão, é usado para financiar algumas operações e o centro de comando estratégico da Otan. Essa é uma fração dos gastos totais com defesa dos países-membros, que, segundo estimativas da Otan, totalizará mais de US$ 1 trilhão este ano.

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