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Estados Unidos, Grã-Bretanha e França retiraram objeções a uma resolução compulsória da ONU para a crise em Gaza e estão trabalhando em um documento que exige "cessar-fogo imediato", informaram diplomatas nesta quinta-feira (8).

"Buscamos uma resolução que inclua um pedido de cessar-fogo imediato, ação para deter o contrabando de armas (para militantes do Hamas) e abertura das passagens de fronteira", disse um diplomata ocidental.

Países árabes insistem que o Conselho de Segurança da ONU emita uma resolução compulsória que force Israel a pôr fim à campanha militar na Faixa de Gaza imediatamente.

Israel opõe-se à idéia da aprovação pelo Conselho de Segurança de qualquer coisa sobre a crise em Gaza, seja ela uma resolução ou uma declaração não compulsória.

A delegação norte-americana também havia se oposto a uma resolução, mas diplomatas, que falaram sob a condição de anonimato, disseram que os EUA deixaram de lado suas objeções e estavam preparados para apoiar um texto que exigirá o que autoridades dos EUA descrevem como um cessar-fogo "duradouro".

Enquanto diplomatas debatiam sobre a possibilidade de uma resolução, a violência prosseguia na região. Israel seguiu com sua ofensiva contra militantes do Hamas na Faixa de Gaza, uma agência de ajuda humanitária da ONU anunciou que vai suspender as operações na região e disparos de foguetes a partir do Líbano feriram sem gravidade duas pessoas no norte de Israel.

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, o secretário de Relações Exteriores britânico, David Miliband, e o ministro do Exterior francês, Bernard Kouchner, reuniram-se com diplomatas árabes na ONU para discutir sobre um rascunho do texto.

Rice disse a repórteres que não havia acordo imediato e não deu detalhes sobre os preparativos de uma resolução preliminar. Ela disse apenas que os britânicos apresentaram aos árabes algo que poderia ser a base de um "texto de consenso".

Delegações árabes estão estudando o texto preparado pelos britânicos, que ainda deve passar por mudanças, afirmaram diplomatas. Não estava claro quando os 15 membros do conselho poderão ter um texto final pronto para ser votado.

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