Ouça este conteúdo
Hackers do governo da Rússia já tiveram como alvo pelo menos 200 organizações ligadas à eleição presidencial de 2020 nos Estados Unidos nas últimas semanas, incluindo partidos políticos em nível nacional e estadual, bem como consultores políticos que trabalham tanto para republicanos quanto para democratas, de acordo com a Microsoft.
A China também se envolveu em ataques cibernéticos contra "pessoas de alto perfil" ligadas à campanha do candidato democrata à presidência, Joe Biden. Além disso, agentes no Irã continuam a ter como alvos contas de pessoas associadas à campanha do presidente Donald Trump, disse a empresa em comunicado nesta quinta-feira.
A equipe de inteligência da gigante de softwares é capaz de monitorar ataques suspeitos contra pessoas e organizações que usam sua plataforma de e-mail e outros serviços da Microsoft. As informações não são um retrato completo dos ataques do exterior, mas ecoam avaliações recentes da comunidade de inteligência dos EUA e de outros especialistas em segurança.
Sanções
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou em comunicado que impôs sanções contra quatro cidadãos da Rússia, acusados de tentar influenciar o processo eleitoral americano. Em comunicado, o Tesouro diz que a Rússia "usa uma série de intermediários para tentar disseminar a discórdia entre os partidos políticos e fomentar divisões internas" nos EUA.
Um dos cidadãos que sofreram a medida é Andrii Derkach, membro do Parlamento ucraniano que, segundo o Tesouro americano, tem sido um agente russo da ativa há mais de uma década, com conexões próximas ao serviço de inteligência da Rússia. Também foram punidos Artem Lifshits, Anton Andreyev e Darya Aslanova, funcionários da Internet Research Agency (IRA).
Os EUA acusam essa entidade de usar criptomoedas para financiar atividades e influenciar operações pelo mundo. Com isso, qualquer propriedade ou interesses dos alvos da medida desta quinta-feira (10) nos EUA serão bloqueados e cidadãos americanos não poderão realizar transações com eles. Além disso, entidades em que eles tenham mais de 50% de participação também estarão bloqueadas, afirma o Tesouro americano.