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Os Estados Unidos voltaram a aplicar nesta sexta-feira (27) sanções contra o Hamas, visando membros-chave e redes financeiras da organização, bem como funcionários iranianos que treinaram integrantes do grupo terrorista palestino.
As sanções impostas pelo Departamento do Tesouro americano somam-se às que o governo de Joe Biden anunciou em 18 de outubro contra o grupo terrorista islâmico após o ataque contra Israel que levou a uma nova guerra em Gaza.
A rodada de sanções de hoje inclui companhias de Abdelbasit Hamza Elhassan Mohamed Khair, um financiador do Hamas baseado no Sudão que possui, entre outras, uma empresa com sede na Espanha.
Outro dos sancionados é Khaled Qaddoumi, um cidadão jordaniano que reside em Teerã como representante do Hamas no Irã. O Departamento do Tesouro identifica Qaddoumi como elemento de ligação do Hamas com o regime iraniano.
Além disso, Washington sancionou os iranianos Ali Morshed Shirazi, Mostafa Mohammad Khani, ambos membros da Guarda Revolucionária iraniana acusados de treinar o Hamas e a Jihad Islâmica, e Ali Ahmad Faizullahi, comandante da Brigada Saberin do Irã que treina milicianos do Hamas e do Hezbollah na Síria.
O Departamento do Tesouro também incluiu nas sanções a Associação de Caridade Al-Ansar, organização ligada à Jihad Islâmica que recebe dinheiro do Irã para ajudar as famílias de milicianos de organizações de Gaza.
Segundo Washington, os fundos que Al-Ansar recebe são, na verdade, destinados a atividades terroristas.
O Departamento do Tesouro estima que os investimentos globais do Hamas valem aproximadamente US$ 500 milhões.
O subsecretário do Tesouro, Wally Adeyemo, disse em comunicado que a nova rodada de sanções “ressalta o compromisso dos Estados Unidos em desmantelar as redes financeiras do Hamas”.
“Não hesitaremos em tomar ações que degradem ainda mais a capacidade do Hamas de realizar ataques terroristas horríveis, com medidas contra as suas atividades financeiras e fontes de dinheiro”, acrescentou Adeyemo.