O governo dos Estados Unidos impôs nesta sexta-feira (6) novas sanções contra empresários, companhias e autoridades da Rússia, atingindo diversos aliados de Vladimir Putin.
O Departamento do Tesouro americano disse que as medidas foram tomadas devido a uma série de ações de Moscou em diferentes assuntos, incluindo a interferência na eleição americana em 2016, a anexação da Crimeia e a atuação na guerra da Síria.
A decisão, tomada após pressão do Congresso americano, congela os bens de sete oligarcas russos e de 12 empresas controladas por eles, assim como de outras 17 autoridades do governo. Todos também ficam proibidos de fazer negócio com companhias americanas.
Entre os nomes punidos estão Suleiman Karimov, cujo família controla a principal empresa de ouro do pais; Kirill Shamalov, executivo do setor de energia e ex-marido da filha de Putin; e Oleg Deripaska, do setor de alumínio, que tem ligação com o consultor político americano Paul Manafort, ex-diretor da campanha de Donald Trump.
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"O governo russo se envolveu em diversas atividades malignas ao redor do globo, incluindo a contínua ocupação da Crimeia e a instigação de violência na Ucrânia, o apoio ao regime de Assad com o fornecimento de material e armas para ele bombardear civis, as tentativas de subverter democracias ocidentais e atividades online maliciosas", disse o secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin, em nota.
"Oligarcas russos e elites que lucram com esse sistema corrupto não poderão mais aproveitar as consequências das atividades desestabilizadoras desse governo", completa ela.
As sanções acontecem em meio ao aumento das tensões entre o Ocidente e Moscou, acirradas pelo caso do ex-espião russo Serguei Skripal, envenenado em território britânico. Londres culpou o governo de Putin pela ação e recebeu o apoio de Washington e da União Europeia, com os dois lados expulsando diplomatas.
A Rússia nega envolvimento no caso.
As medidas também foram tomadas na mesma semana que o Kremlin revelou que Donald Trump convidou Putin para uma visita à Casa Branca. O presidente americano é acusado pelos críticos de não tomar medidas suficientes para punir o russo por ter interferido na campanha presidencial de 2016.
O ministro de Indústria e Comércio da Rússia, Denis Manturov, disse à agência Interfax que as empresas atingidas pelas sanções vão receber mais apoio de Moscou para compensar a punição. Já o deputado Konstantin Kosachev, presidente do comitê de assuntos internacionais do parlamento russo, afirmou que as sanções não têm base legal e cultivam a inimizade.
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