O veto atingiu empresários, companhias e autoridades da Rússia| Foto: ALEXANDER ZEMLIANICHENKO/AFP

O governo dos Estados Unidos impôs nesta sexta-feira (6) novas sanções contra empresários, companhias e autoridades da Rússia, atingindo diversos aliados de Vladimir Putin.  

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O Departamento do Tesouro americano disse que as medidas foram tomadas devido a uma série de ações de Moscou em diferentes assuntos, incluindo a interferência na eleição americana em 2016, a anexação da Crimeia e a atuação na guerra da Síria.  

A decisão, tomada após pressão do Congresso americano, congela os bens de sete oligarcas russos e de 12 empresas controladas por eles, assim como de outras 17 autoridades do governo. Todos também ficam proibidos de fazer negócio com companhias americanas.  

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Entre os nomes punidos estão Suleiman Karimov, cujo família controla a principal empresa de ouro do pais; Kirill Shamalov, executivo do setor de energia e ex-marido da filha de Putin; e Oleg Deripaska, do setor de alumínio, que tem ligação com o consultor político americano Paul Manafort, ex-diretor da campanha de Donald Trump.  

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"O governo russo se envolveu em diversas atividades malignas ao redor do globo, incluindo a contínua ocupação da Crimeia e a instigação de violência na Ucrânia, o apoio ao regime de Assad com o fornecimento de material e armas para ele bombardear civis, as tentativas de subverter democracias ocidentais e atividades online maliciosas", disse o secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin, em nota.  

"Oligarcas russos e elites que lucram com esse sistema corrupto não poderão mais aproveitar as consequências das atividades desestabilizadoras desse governo", completa ela.  

As sanções acontecem em meio ao aumento das tensões entre o Ocidente e Moscou, acirradas pelo caso do ex-espião russo Serguei Skripal, envenenado em território britânico. Londres culpou o governo de Putin pela ação e recebeu o apoio de Washington e da União Europeia, com os dois lados expulsando diplomatas.  

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A Rússia nega envolvimento no caso.  

As medidas também foram tomadas na mesma semana que o Kremlin revelou que Donald Trump convidou Putin para uma visita à Casa Branca. O presidente americano é acusado pelos críticos de não tomar medidas suficientes para punir o russo por ter interferido na campanha presidencial de 2016.  

O ministro de Indústria e Comércio da Rússia, Denis Manturov, disse à agência Interfax que as empresas atingidas pelas sanções vão receber mais apoio de Moscou para compensar a punição. Já o deputado Konstantin Kosachev, presidente do comitê de assuntos internacionais do parlamento russo, afirmou que as sanções não têm base legal e cultivam a inimizade.