O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (22) que aplicará restrições de vistos a diversas autoridades do regime chinês em resposta à prática de "assimilação forçada" de crianças tibetanas em internatos que estão sob administração do Estado.
Apesar do departamento não ter divulgado detalhes ou os nomes das autoridades que serão atingidas pela decisão, ela demonstra a crescente preocupação dos americanos com a situação da violação dos direitos dos tibetanos pelo regime de Xi Jinping.
A nota assinada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirma que as autoridades que administram esses orfanatos estão forçando mais de 1 milhão de crianças tibetanas a abandonar suas tradições culturais, linguísticas e religiosas em favor da cultura dominante chinesa.
Blinken instou veementemente as autoridades da China a interromper tal coerção. Além disso, também fez um apelo pelo fim das políticas repressivas que buscam eliminar as características culturais e identitárias únicas do Tibete.
O Tibete está sob controle chinês desde 1951, quando tropas chinesas assumiram o controle da região em uma ação que a China descreve como uma "libertação pacífica".
A China afirma que defende e protege os direitos de todas as culturas étnicas minoritárias em seu território. De acordo com a constituição chinesa, esses grupos têm a liberdade de utilizar e desenvolver suas próprias línguas, tanto faladas quanto escritas. Na prática, porém, isso não tem acontecido.
Relatórios da ONU alertaram para o fato de alguns programas apresentados como voluntários estarem sendo utilizados para "controlar e doutrinar politicamente os tibetanos", inclusive com a abertura de centros de formação onde não é permitido que usem a sua língua e onde são incentivados a não expressar a sua identidade religiosa. (Com informações da Agência EFE)
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