O secretário de Estado americano, Antony Blinken| Foto: EFE/EPA/ANDY RAIN
Ouça este conteúdo

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (22) que aplicará restrições de vistos a diversas autoridades do regime chinês em resposta à prática de "assimilação forçada" de crianças tibetanas em internatos que estão sob administração do Estado.

CARREGANDO :)

Apesar do departamento não ter divulgado detalhes ou os nomes das autoridades que serão atingidas pela decisão, ela demonstra a crescente preocupação dos americanos com a situação da violação dos direitos dos tibetanos pelo regime de Xi Jinping.

A nota assinada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirma que as autoridades que administram esses orfanatos estão forçando mais de 1 milhão de crianças tibetanas a abandonar suas tradições culturais, linguísticas e religiosas em favor da cultura dominante chinesa.

Publicidade

Blinken instou veementemente as autoridades da China a interromper tal coerção. Além disso, também fez um apelo pelo fim das políticas repressivas que buscam eliminar as características culturais e identitárias únicas do Tibete.

O Tibete está sob controle chinês desde 1951, quando tropas chinesas assumiram o controle da região em uma ação que a China descreve como uma "libertação pacífica".

A China afirma que defende e protege os direitos de todas as culturas étnicas minoritárias em seu território. De acordo com a constituição chinesa, esses grupos têm a liberdade de utilizar e desenvolver suas próprias línguas, tanto faladas quanto escritas. Na prática, porém, isso não tem acontecido.

Relatórios da ONU alertaram para o fato de alguns programas apresentados como voluntários estarem sendo utilizados para "controlar e doutrinar politicamente os tibetanos", inclusive com a abertura de centros de formação onde não é permitido que usem a sua língua e onde são incentivados a não expressar a sua identidade religiosa. (Com informações da Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
Publicidade