O Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (26), a inclusão de 24 companhias chinesas a uma "Lista de Entidades" por seu papel em ajudar os militares do país asiático a "construir e militarizar as ilhas artificiais condenadas internacionalmente no Mar do Sul da China". Em comunicado, o órgão do governo americano diz que, apesar de protestos dos EUA e de outros países, o governo chinês avança rápido na construção das ilhas artificiais desde 2013, o que permite a militarização de águas marítimas reivindicadas também por outros países e "mina os direitos soberanos de parceiros dos EUA na região".
No comunicado, o secretário do Comércio americano, Wilbur Ross, critica a estratégia chinesa de construir as ilhas artificiais para suas Forças Armadas e lembra que a comunidade internacional já havia condenado a estratégia. As companhias hoje alvo de sanções "têm tido papel significativo na provocadora construção dessas ilhas artificiais e precisam ser responsabilizadas".
Os EUA afirmam que a China tem feito obras de dragagem e construção de mais de 3 mil acres no Mar do Sul da China desde 2013, bem como construções de certas estruturas que violam os direitos soberanos das Filipinas.
A "Lista de Entidades" é um instrumento de sanções usado pelas autoridades americanas para restringir exportações e transferência de itens para pessoas, organizações ou empresas envolvidas em atividades "contrárias à segurança nacional ou aos interesses de política externa" dos EUA, lembra o comunicado.
Em mensagem no Twitter, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, comentou a medida contra as empresas da China. Segundo ele, os EUA pretendem impedir a coerção de seus aliados no Sudeste Asiático e manter o acesso a "recursos vitais" nas águas da região.
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