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Policiais de uma brigada especial em veículo em rua de Havana, Cuba, 21 de julho
Policiais de uma brigada especial em veículo em rua de Havana, Cuba, 21 de julho| Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa

Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira sanções à Polícia Nacional Revolucionária de Cuba (PNR) e a dois de seus líderes, enquanto o presidente americano, Joe Biden, se prepara para anunciar medidas relacionadas à internet da ilha.

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou em nota oficial punições contra a PNR, seu diretor, Óscar Callejas Valcarce, e seu diretor adjunto, Eddy Sierra Arias. Eles são suspeitos de repreender os protestos contra o governo cubano realizados no último dia 11.

O anúncio veio uma hora antes de Biden receber um grupo de americanos de raízes cubanas na Casa Branca, uma reunião na qual ele planejava anunciar medidas sobre o acesso à internet em Cuba e possivelmente sobre o envio de remessas à ilha, segundo um funcionário do alto escalão do governo.

"Vamos anunciar medidas para melhorar a conectividade da internet na ilha, para garantir que apoiamos a capacidade das pessoas de se comunicarem umas com as outras e receberem informações, o que é algo que deve ser tratado como um direito humano", afirmou a fonte, que pediu anonimato.

Biden também planejou dar mais detalhes sobre duas outras questões que ele pediu a sua equipe para estudar: a possibilidade de voltar a autorizar o envio de remessas para Cuba, que está proibido desde novembro passado, e a possível transferência de mais pessoal para a embaixada dos EUA em Havana.

A de hoje é a segunda rodada de sanções impostas pelo governo americano em relação aos protestos de 11 de julho em Cuba. Na última quinta-feira, o Departamento do Tesouro puniu o ministro das Forças Armadas Revolucionárias Cubanas (FAR), Álvaro López-Miera, e uma unidade militar de elite popularmente conhecida como 'vespas negras'.

Biden disse na ocasião que a medida era "apenas o começo" de sua resposta àqueles que supostamente reprimiram os protestos deste mês. O funcionário do governo que pediu anonimato declarou hoje que as novas restrições se destinam a manter a conversa sobre "os direitos do povo cubano".

As sanções bloqueiam quaisquer bens que Callejas, Sierra ou membros do PNR possam ter sob a jurisdição dos EUA e proíbem que qualquer americano ou residente tenha qualquer tipo de relação com eles.

A reunião desta sexta-feira com Biden na Casa Branca contaria com a presença do cantor cubano Yotuel Romero, cuja canção "Patria y vida" tornou-se a trilha sonora dos protestos populares em Cuba. Também estariam o senador democrata Bob Menéndez e o deputado Gregory Meeks, do mesmo partido, o ex-prefeito de Miami Manny Díaz, o empresário cubano-americano Felice Gorordo, CEO da eMerge Américas; e a co-fundadora do Projeto Liberdade de Miami Ana Sofía Peláez.

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