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Os Estados Unidos aumentaram hoje a pressão contra o governo do Irã ao impor sanções financeiras e restrições de viagem a oito autoridades do país persa, acusando-as de tomarem parte em violentos episódios de abusos aos direitos humanos.

Sob a nova ordem assinada nesta semana pelo presidente Barack Obama, os Departamentos de Estado e do Tesouro anunciaram conjuntamente as sanções, cujo alvo são iranianos que "compartilham a responsabilidade pelas contínuas e graves violações aos direitos humanos no Irã", principalmente após as disputadas eleições presidenciais do ano passado.

Durante uma coletiva de imprensa no Departamento de Estado, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que foi a primeira vez que os EUA impuseram sanções contra iranianos por violação aos direitos humanos. A medida se soma às fortes sanções impostas ao Irã por causa dos programas nuclear e de mísseis balísticos do país persa.

"Sob a supervisão ou comando dessas autoridades, cidadãos iranianos têm sido arbitrariamente detidos, espancados, torturados, estuprados, chantageados e assassinados", disse Hillary. "Ainda assim, o governo iraniano tem ignorado os repetidos pedidos da comunidade internacional para encerrar esses abusos."

A medida impede os oito iranianos de entrar nos EUA, bloqueiam quaisquer bens que eles tenham no país e proíbe norte-americanos de fazerem negócios com eles. Embora se acredite que nenhum deles tenha bens substanciais em jurisdições norte-americanas, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse esperar que instituições financeiras estrangeiras deixem de fazer negócios com eles.

"Nós concluímos que quando apontamos indivíduos e expomos suas condutas, bancos, empresas e governos ao redor do mundo respondem cortando seus acordos econômicos e financeiros com essas pessoas, essas instituições e empresas", disse Geithner.

Dentre os oito iranianos atingidos pelas medidas está Mohammad Ali Jafari, comandante da Guarda Revolucionária do Irã e um de seus principais vices, Hossein Taeb. Jafari já era alvo de sanções norte-americanas relacionadas ao programa nuclear iraniano.

Outro alvo das sanções é o ministro de Inteligência Heydar Moslehi, quatro chefes e ex-chefes de polícia e promotores, além de Sadeq Mahsouli, atual ministro de Assistência Social. Em julho de 2009, quando ocorreu a eleição presidencial, Mahsouli era ministro do Interior e por isso tinha autoridade sobre todas as forças policiais e agentes de segurança do ministério.

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