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Paquistão

EUA incluem em lista de terroristas líder talibã que ordenou ataque a Malala

Malala, vencedora do Nobel | Hoda Emam/Reuters
Malala, vencedora do Nobel (Foto: Hoda Emam/Reuters)

O Departamento de Estado dos Estados Unidos incluiu em sua lista de terroristas nesta terça-feira o mulá Fazlullah, líder do principal grupo talibã paquistanês, o Tehrik-e-Talibã Pakistão (TTP), e que ordenou os ataques em 2012 contra a jovem ativista Malala Yousafzai e em dezembro contra uma escola em Peshawar.

Com isso, o também conhecido como "maulana" (mestre) Fazlullah está sujeito a sanções que o proíbem fazer transações com indivíduos que estejam nos Estados Unidos e congelam qualquer patrimônio administrado por americanos, disse o Departamento de Estado em comunicado.

Fazlullah foi eleito líder do TPP em novembro de 2013, após a morte do antigo comandante do grupo, Hakimullah Mehsud, em um ataque de um drone americano.

O TTP é um guarda-chuva de vários grupos tribais criado em 2007 que procura implantar um estado islâmico e é aliado dos talibãs afegãos, cujo líder, o mulá Omar, tem sua lealdade.

Em 2012, Fazlullah "ordenou os tiros contra a menina e ativista Malala Yousafzai", ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2014, por sua defesa da educação feminina, ressaltou o Departamento de Estado.

"Sob a liderança de Fazlullah, o TTP assumiu a autoria do ataque de 16 de dezembro de 2014 contra uma escola em Peshawar (Paquistão) que resultou na morte de pelo menos 148 pessoas, a maioria estudantes", acrescentou o Departamento de Estado.

Antes de liderar a organização, Fazlullah "disse estar por trás do assassinato do general do Exército paquistanês Sanaullah Niazi em setembro de 2013" e "foi responsável pela decapitação de 17 soldados paquistaneses após um ataque" em 2012, além de ordenar o assassinato de líderes de comitês de paz contra os talibãs.

A designação de Fazlullah coincidiu com uma visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, ao Paquistão, onde conversou com funcionários paquistaneses sobre "a luta contra o terrorismo" no país, segundo afirmou nesta terça-feira sua porta-voz adjunta, Marie Harf.

"O secretário de Estado deixou claro que o Paquistão deve perseguir todos os grupos militantes" que operam em seu país, indicou Harf em sua entrevista coletiva diária.

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