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O presidente dos EUA, Joe Biden
O presidente dos EUA, Joe Biden| Foto: EFE/EPA/Ting Shen/POOL

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (25) o início iminente das reuniões de trabalho de sua Comissão Militar Sênior (HMC) conjunta com o governo do Iraque, iniciando assim um processo com o qual se comprometeram em agosto do ano passado e que abordará a presença militar americana no país.

O Pentágono afirmou em comunicado que o início do processo ocorrerá nos próximos dias e reflete o profundo compromisso dos EUA com a estabilidade regional e a soberania iraquiana.

"O HMC possibilitará a transição para uma parceria de segurança bilateral duradoura entre EUA e Iraque, com base nos sucessos da campanha deste país para derrotar o Estado Islâmico (EI) em Iraque e Síria", afirmou.

Os dois países tinham se comprometido a iniciar a Comissão Militar Sênior para discutir como a missão da Coalizão contra o EI fará a transição, em um cronograma que leve em conta a ameaça representada pelo grupo, os requisitos operacionais e a capacidade das forças de segurança iraquianas.

O objetivo, de acordo com a declaração, é garantir que o grupo terrorista não possa ressurgir.

O Pentágono lembrou que os militares dos EUA estão no Iraque a convite do governo do país e continua comprometido com um Iraque "seguro, estável e soberano".

"EUA e Iraque têm desfrutado de uma parceria de segurança profunda e produtiva nos 10 anos desde que o governo deste país convidou os EUA e a Coalizão para combater o EI, incluindo os sete anos desde a derrota territorial do grupo jihadista no Iraque. O início do processo da HMC reflete a evolução do relacionamento bilateral", enfatizou.

Esse futuro diálogo ocorre em um momento de alta tensão entre os governos de EUA e Iraque.

O Iraque classificou na quarta-feira (24) como "agressão" e "violação" de sua soberania os bombardeios de Washington contra quartéis de grupos xiitas iraquianos pró-Irã que atacam bases com presença americana, tanto no próprio Iraque quanto na Síria.

O primeiro-ministro iraquiano, o xiita Mohamemd Shia Al Sudani, afirmou recentemente no Fórum de Davos (Suíça) que estava em contato com os EUA para negociar o fim da missão dos conselheiros militares americanos, presentes em bases no Iraque no âmbito da coalizão internacional contra o EI.

A emissora CNN informou nesta quinta que parte das discussões se concentrará na viabilidade da retirada das tropas americanas do Iraque e quando seria mais viável fazer isso. De acordo com a emissora, há pessoas no governo iraquiano que preferem marcar uma data independentemente da situação de estabilidade ou segurança.

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