O chefe da comissão de investigação da Câmara de Representantes dos EUA, Mike Rogers, disse durante uma entrevista ao programa This Week, da ABC, que as autoridades do país investigam o envolvimento de outros suspeitos no duplo ataque à Maratona de Boston.
"Há ainda pessoas nos EUA com as quais o FBI deseja conversar", afirmou o republicano Mike Rogers, antes de destacar a importância de colaborar com a inteligência russa.
Para Rogers, Tamerlan "claramente sofreu uma mudança" durante uma visita à Rússia, em 2012, tornando-se "radical". "Eu acho que eles [russos] possuem informações que seriam muito relevantes e que ainda não foram fornecidas", afirmou.
Indagado, o procuradorgeral dos EUA, Eric Holder, não quis tecer comentários, limitando-se a dizer que a investigação se encontra em andamento.
Revelações
Hoje a mídia revelou que um dos acusados, o tchetcheno Tamerlan Tsarnaev, 26, foi flagrado em escutas telefônicas instaladas pelas autoridades russas conversando com a mãe, Zubeidat, a respeito de uma "jihad" (guerra santa pelo islã), em 2011. De acordo com a rede de tevê CNN, a gravação foi entregue ao FBI (a polícia federal americana) há poucos dias, mas seu conteúdo foi descrito como "vago".
Nos últimos dias, foi revelado também que a mãe e Tamerlan estavam em uma lista de potenciais terroristas mantida pelo governo dos EUA, cerca de um ano e meio atrás. O FBI também havia interrogado mãe e filho, a pedido de Moscou, mas concluiu que não havia indícios de envolvimento com terrorismo.
Tamerlan e o irmão mais novo, Dzhokar Tsarnaev, 19, são acusados do atentado que deixou 3 mortos e 264 feridos durante a Maratona de Boston, em 15 de abril. Tamerlan foi morto em um tiroteio com a polícia. Horas mais tarde, Dzhokar ficou gravemente ferido, antes de ser preso, nos subúrbios de Boston. O mais novo dos Tsarnaev foi transferido para um centro médico penitenciário de Massachusetts.