Edifício da Boeing na Califórnia, EUA| Foto: EFE/EPA/CAROLINA BREHMAN
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Autoridades dos EUA estão investigando as denúncias de um ex-engenheiro da Boeing que indicam que a fuselagem da aeronave 787 Dreamliner foi montada de forma inadequada e corre o risco de se romper em pleno voo, informou a imprensa local nesta terça-feira (9).

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O jornal americano New York Times afirma que analisou os documentos que o engenheiro em questão, Sam Salehpour, enviou à Administração Federal de Aviação (FAA), que apoiam as denúncias.

A agência federal confirmou que investiga as denúncias feitas por Salehpour, que atribui o risco de falha do 787 Dreamliner às mudanças feitas pela Boeing no processo de união das diferentes partes da fuselagem.

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A fabricante de aeronaves, que atravessa uma profunda crise após sérios problemas de qualidade com os aviões 737 MAX, negou ao jornal que as mudanças na produção tenham afetado negativamente a segurança do 787 Dreamliner.

No mês passado, John Barnett, outro ex-funcionário da Boeing que havia alegado irregularidades na fábrica onde o 787 Dreamliner é produzido, sofreu uma morte misteriosa.

A Boeing anunciou nesta terça-feira que, no primeiro trimestre do ano, entregou 83 aeronaves comerciais (67 unidades do 737, três 767 e 13 787), além de 14 aeronaves militares. Esses números estão muito abaixo do mesmo período em 2023, quando a empresa entregou 130 aeronaves comerciais, incluindo 113 unidades do modelo 737.

Após a investigação da FAA e os números de entregas, as ações da Boeing caíram 2,1% nesta terça e estavam sendo negociadas a US$ 177,7 cerca de 30 minutos antes do fechamento dos mercados.

As alegações de Salehpour e os novos inquéritos da FAA se somam a outras investigações que a agência federal está realizando sobre o processo de fabricação do 737 MAX. No final de março, o diretor executivo da Boeing, Dave Calhoun, que havia sido nomeado em 2020 para corrigir os problemas, anunciou que deixará o cargo no final do ano após uma série de incidentes com vários modelos, principalmente o 737 MAX.

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O mais grave ocorreu em janeiro de 2024, quando um painel que cobria o espaço para uma porta de emergência de um Boeing 737 MAX-9 da Alaska Airlines se soltou logo após a decolagem do avião. O incidente, que não deixou feridos, deu início a uma série de novas investigações sobre as operações da Boeing pela FAA, que revelaram graves irregularidades. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]