Reportagem da edição desta segunda-feira do "Los Angeles Times" afirma que uma força-tarefa do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos elaborou um plano de sanções contra o Irã, ao mesmo tempo em que o governo americano pressiona a Europa e o Japão para a imposição de sanções abrangentes que estrangulem o país financeiramente, caso os esforços diplomáticos falhem na questão do programa nuclear iraniano.
O jornal obteve memorandos internos do governo e entrevistou três pessoas envolvidas no esquema.
Toda pessoa e entidade que o governo Bush considere envolvida no programa de enriquecimento de urânio, bem como em terrorismo, corrupção no governo, supressão da liberdade religiosa e democrática, e ainda na violência no Iraque, no Líbano, em Israel e nos territórios palestinos será passível de perder sua liberdade financeira internacional, diz o jornal. O acesso do governo a moedas estrangeiras e aos mercados financeiros e seria bloqueado. Contas no exterior seriam bloqueadas, e a os ativos na Ásia e na Europa seriam congelados.
O acesso ao mercado de commodities e ao de petróleo não seria afetado, "num esforço de minimizar riscos financeiros", afirma o "Times".
Um problema do plano levantado pelo "Los Angeles Times" é o de que ele dificilmente seria aceito pelos parceiros de Washington. O Japão, como a Itália, por exemplo, são grandes consumidores do petróleo iraniano.
O dever de casa da inteligência americana tem sido feito. O levantamento de contas, sistemas financeiros e transações bancárias do Irã foi mapeado. Já existe um cálculo até de instituições de caridade que têm relações com o governo de Teerã.
Os americanos esperam que os aliados empreendam as sanções se o Irã recusar o pacote de incentivos que os europeus estão preparando e que deverá ser oferecidos nas próximas semanas.
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