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Desarmamento

EUA lamentam oportunidade perdida com Coréia do Norte

Negociações que tinham por objetivo terminar com a ameaça nuclear norte-coreana enfraqueceram nesta quarta-feira enquanto Pyongyang aguarda para receber fundos liberados, levando representantes a advertirem que a chance de levar adiante um plano de desarmamento estava sendo perdida.

A reunião de três dias, que começou na segunda-feira, foi organizada para levar adiante um acordo assinado em 13 de fevereiro, que pedia à Coréia do Norte que fechasse seu principal reator nuclear e aceitasse outras medidas de desarmamento em 60 dias, em troca de garantias de segurança e ajuda econômica.

Mas a empobrecida Coréia do Norte insistiu em ver primeiro os 25 milhões de dólares liberados do Banco Delta Ásia (BDA) de Macau, testando a paciência de outros negociadores e destacando as armadilhas que podem tirar dos trilhos o acordo.

"Houve um custo real por conta desse atraso", disse o enviado norte-americano, Christopher Hill, a jornalistas.

"Eles não completaram a transferência, e até que façam isso os norte-coreanos deixaram claro que não estariam preparados para se comprometer com as discussões essenciais."

Mas Hill disse que ainda tinha esperança de que os seis países envolvidos nas discussões - as duas Coréias, os Estados Unidos, a China, o Japão e a Rússia - poderiam manter o acordo de fevereiro.

"Ainda temos mais de três semanas pela frente, então acredito que possamos chegar lá, cumprindo todo o acordo em 60 dias, mas eu esperava uma discussão muito mais profunda nesta semana."

Os enviados expressaram frustração com os atrasos que paralisaram as discussões. Uma porta-voz do governo de Macau afirmou que não havia notícias de qualquer movimentação bancária e um porta-voz do BDA disse que "não havia mais progresso".

A Coréia do Norte boicotou as negociações entre os seis países por mais de um ano, culpando o congelamento das contas de Macau, que foi decretado depois que Washington acusou o banco de abrigar ganhos ilícitos norte-coreanos.

Pyongyang voltou à mesa de negociações em dezembro, meses depois de fazer seu primeiro teste nuclear, que atraiu a condenação internacional e as sanções da ONU.

Ainda não se sabia se as negociações continuariam depois desta quarta-feira.

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